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Obama vence eleição

Agências (as/rw)5 de novembro de 2008

Vitória histórica: o democrata Barack Obama será o primeiro afro-americano na Casa Branca e 44º presidente dos Estados Unidos. Republicano John McCain reconhece a derrota. Primeiras reações européias.

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Obama: 'A mudança chegou à America'Foto: DW/AP

O senador democrata Barack Hussein Obama, de 47 anos, foi eleito nesta terça-feira (04/11) o 44º presidente dos Estados Unidos, segundo projeções unânimes das principais emissoras de televisão do país divulgadas na madrugada desta quarta-feira. Ele será o primeiro presidente negro na Casa Branca.

A vitória de Obama ficou clara quatro horas após o fechamento das primeiras urnas. O fator decisivo para o triunfo do candidato democrata foi a conquista dos três principais swing states, Pensilvânia, Flórida e Ohio, considerada chave para se chegar à presidência dos Estados Unidos. A Pensilvânia tem 21 delegados no Colégio Eleitoral, a Flórida tem 27 e Ohio, 20.

USA Wahlen John McCain erkennt seine Niederlage an
McCain reconheceu a derrotaFoto: AP

De acordo com a emissora de televisão CNN, já às 6 horas (horário da Europa Central) Obama havia vencido em 26 estados, tendo assegurado os votos de 338 delegados no Colégio Eleitoral. O republicano John McCain dispunha de 157 delegados de 19 estados. Para vencer a eleição presidencial dos EUA, são necessários os votos de no mínimo 270 delegados.

Em um pronunciamento aos seus correligionários em Fênix, McCain reconheceu a derrota e saudou seu rival. "O povo americano falou e falou de forma clara", disse o candidato derrotado. Ele classificou a vitória do senador democrata como histórica. Também o presidente George W. Bush parabenizou Obama, divulgou a Casa Branca.

Obama: "Mudança chegou à América"

Barack Obama mit Joe Biden bei Wahlsieg Rede Chicago nach US Präsidentschaftwahl
Obama e Joe Biden, seu futuro vice, ao lado das esposas, Michelle e JillFoto: AP

A notícia da vitória democrata espalhou-se rapidamente pelo país, levando os correligionários de Obama a comemorar nas ruas. Em seu pronunciamento de vitória, em Chicago, Obama salientou ter chegado a hora das mudanças.

Ele apelou para o espírito de unidade a fim de vencer o que chamou de "enormes desafios" de seu governo. Entre eles, citou "duas guerras, um planeta em enorme perigo, a pior crise financeira em um século". Obama anunciou a superação das discrepâncias na sociedade norte-americana e prometeu seu engajamento por uma "unidade nacional".

Para o conhecido pastor e político Jesse Jackson, o resultado da eleição é uma revolução pacífica. Barack Obama conseguiu conquistar para si o povo americano, declarou.

A participação dos eleitores pode ter sido recorde, chegando a 130 milhões de pessoas. Há quatro anos, haviam comparecido às urnas 121 milhões de eleitores. O novo presidente dos Estados Unidos toma posse em 20 de janeiro de 2009.

Maioria também na Câmara e no Senado

Ao mesmo tempo, a votação decidiu sobre todas as 435 cadeiras da Câmara dos Representantes e um terço dos mandatos do Senado. Na Casa dos Representantes, os democratas garantiram pelo menos 13 assentos a mais do que os republicanos, obtendo novamente maioria absoluta.

Também no Senado os democratas estarão em maioria. Segundo as projeções, os republicanos perderam pelo menos cinco assentos. Assim, 55 dos 100 senadores estariam ao lado de Obama.

Reações européias

O presidente da Comissão Européia, João Manuel Durão Barroso, foi um dos primeiros líderes europeus a parabenizar Obama. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, escreveu: "Em uma época em que devemos todos encarar imensos desafios juntos, sua eleição despertou uma enorme esperança na França, na Europa e em todo o mundo", destacou Sarkozy, que ocupa a presidência rotativa semestral do Conselho da União Européia.

Também a chanceler federal alemã, Angela Merkel, parabenizou Obama e assegurou seu apoio ao futuro presidente. Ao mesmo tempo, convidou-o para uma visita à Alemanha. Em sua mensagem, o presidente da Alemanha, Horst Köhler, lembrou os valores comuns dos dois países e manifestou apoio ao futuro governo.

O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, salientou o alto índice de comparecimento dos eleitores às urnas, o que demonstraria que Obama conseguiu entusiasmar os Estados Unidos.