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Bósnia formaliza pedido de adesão à UE

15 de fevereiro de 2016

Autoridades da União Europeia veem com bons olhos a iniciativa, mas alertam que serão necessárias "reformas significativas". Divisões étnicas dificultaram mudanças políticas e sociais exigidas por Bruxelas anteriormente.

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Dragon Covic (esq.) que encabeça a presidência tripartite da Bósnia e o ministro holandês do Exterior, Bert KoendersFoto: picture-alliance/AP Photo/V. Mayo

A Bósnia e Herzegovina apresentou oficialmente um pedido de adesão se à União Europeia (UE) nesta segunda-feira (15/02).

O ministro holandês do Exterior, Bert Koenders, cujo país mantém atualmente a presidência rotatória do bloco europeu, afirmou que a UE vê com bons olhos o retorno da Bósnia e Herzegovina ao "caminho das reformas".

No início dos anos 2000, o país já almejava a adesão, mas divisões profundas entre as comunidades sérvia, croata e muçulmana impediam que as reformas políticas e sociais exigidas por Bruxelas fossem levadas adiante.

"É urgente que mantenhamos as circunstâncias positivas para a continuidade da implementação das reformas", afirmou Koenders, ressaltando que a UE irá avaliar cuidadosamente o ingresso da Bósnia e Herzegovina, que deve levar alguns anos para ser finalizado.

"É com grande prazer que estamos aptos a fazê-lo [apresentar o pedido de adesão], em nome do povo da Bósnia e Hezergovina", afirmou Dragon Covic, que encabeça a presidência tripartite do país.

Ele lembrou que a Croácia ingressou na UE em 2013, enquanto Sérvia e Montenegro, países dos Bálcãs que, assim como a Bósnia, integravam a ex-Iugoslávia, já realizam avanços rumo à adesão ao bloco das 28 nações.

Ciente de que haverá "anos de muitos desafios pela frente", Covic ressaltou que seu país precisa fazer melhoras na economia e demonstrar que é um candidato sério a se tornar membro do bloco europeu. No caso da Croácia, o ingresso levou uma década para ser concluído.

Em declaração conjunta, a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, e o comissário para Ampliação da UE, Johannes Hahn, comemoraram a iniciativa bósnia, afirmando que "enquanto algumas forças em nosso continente questionam a própria existência da nossa união, o requerimento da Bósnia e Hezergovina demonstra que a necessidade de um continente europeu unido ainda é forte entre nossos povos".

Koenders ressaltou, porém, que serão necessários "progressos significativos" quanto às reformas para que os Estados-membros considerem o país como candidato a ingressar no bloco europeu. "Agora, cabe à Bósnia e Hezergovina apresentar os resultados."

O país dos Bálcãs enfrenta graves divisões étnicas desde a guerra que sucedeu ao fim da Iugoslávia, travada entre 1992 e 1995.

RC/dpa/afp