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CriminalidadeAlemanha

Atropelador de Trier é posto em prisão preventiva

2 de dezembro de 2020

Alemão de 51 anos presta depoimento à polícia e permanece detido. Ele conduziu um veículo por área de pedestres, atropelando e matando intencionalmente várias pessoas, entre elas um bebê.

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Carros da polícia e dos bombeiros nas proximidades do local onde ocorreram os atropelamentos
Carros da polícia e dos bombeiros nas proximidades do local onde ocorreram os atropelamentosFoto: Harald Tittel/dpa/picture alliance

A polícia de Trier interrogou e colocou em prisão preventiva, nesta quarta-feira (02/12), o alemão de 51 anos que matou cinco pessoas num atropelamento no centro da cidade, além de ferir 18 outras, seis delas gravemente.

O homem havia sido detido no local do atropelamento e não estava claro se ele permaneceria preso ou se seria internado numa clínica psiquiátrica, pois apresenta sinais de problemas psíquicos. No momento do crime, ele estava alcoolizado.

Os promotores abriram inquérito para apurar acusações de assassinato, tentativa de assassinato e lesão corporal grave intencional. As causas do atropelamento ainda não foram esclarecidas. 

A identidade do atropelador não foi divulgada, em cumprimento às leis alemãs de privacidade. As autoridades também não deram detalhes sobre o depoimento.

Bebê e pai entre os mortos

De acordo com a polícia, o acusado conduziu um veículo Land Rover por uma área de pedestres no centro da cidade, perto da famosa Porta Nigra, atropelando intencionalmente várias pessoas.

Entre os mortos está um bebê de 9 meses e meio e o pai da criança, de 45 anos. Os outros três mortos são mulheres de 25, 52 e 73 anos. A mãe do bebê está entre as pessoas gravemente feridas. Ela foi internada num hospital, junto com o filho de 1 ano, que também foi atropelado.

O condutor do veículo é natural de Trier, não tem residência fixa e dormia no Land Rover, que um amigo lhe havia emprestado e que foi usado no ataque, segundo investigadores. A polícia comunicou que não há indicações de ligações com o terrorismo ou de motivações políticas ou religiosas no atentado.

Cerimônia ao lado da Porta Nigra, em Trier
Malu Dreyer discursa durante cerimônia ao lado da Porta Nigra, em TrierFoto: Harald Tittel/dpa/picture alliance

Apesar das limitações impostas pela pandemia de coronavírus, centenas de pessoas se reuniram na tarde desta quarta-feira nas proximidades da Porta Nigra para prestar homenagens às vítimas, com velas, coroas de flores e orações.

Entre os participantes estava a governadora da Renânia-Palatinado, Malu Dreyer, e o prefeito de Trier, Wolfram Leibe.

Trier é um popular destino turístico na Alemanha e cidade mais antiga do país. Ela fica à beira do rio Mosela e tem mais de dois mil anos. Foi residência imperial e a capital do Império Romano do Ocidente no final do século 3º, além de ser a cidade onde nasceu Karl Marx.

O incidente em Trier se assemelha a alguns episódios ocorridos no país nos últimos anos, como o ataque a um mercado de Natal em Berlim, em 2016, quando um caminhão avançou sobre o local e matou 12 pessoas. Foi o pior atentado terrorista da história recente da Alemanha.

Em janeiro de 2019, um homem de nacionalidade alemã deixou oito feridos após avançar com um veículo contra grupos de pessoas que comemoravam o Réveillon nas cidades de Bottrop e Essen. Mais tarde, ele foi internado em uma clínica psiquiátrica.

Em abril de 2018, um alemão atirou um furgão sobre pessoas que estavam na parte externa de um restaurante na cidade de Münster e causou cinco mortes antes de tirar sua própria vida. Os investigadores disseram que ele tinha problemas mentais.

AS/dpa/afp/lusa