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Atentado mata oito em hotel de luxo em Trípoli

27 de janeiro de 2015

Grupo armado invade local na capital líbia que costuma abrigar delegações estrangeiras e abre fogo contra hóspedes. Jihadistas do "Estado Islâmico" assumem a autoria do ataque.

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Foto: AFP/Getty Images/M. Turkia

Um grupo armado invadiu nesta terça-feira (27/01) um hotel de luxo em Trípoli, onde delegações internacionais e funcionários do governo costumam se hospedar, e matou pelo menos oito pessoas – cinco delas estrangeiras. O atentado foi reivindicado pelo "Estado Islâmico".

Antes de invadir o hotel na capital líbia, quatro homens armados detonaram um carro-bomba em frente ao local, matando um guarda e ferindo várias pessoas. O prédio foi cercado pelas forças de segurança. Os cinco estrangeiros mortos são dois filipinos, um americano, um francês e um cidadão da Coreia do Sul.

"As forças de segurança foram evacuando o hotel andar por andar. Houve troca de tiros com os bandidos", afirmou o porta-voz da polícia Essam Naass.

Um refém morreu quando os sequestradores acionaram os explosivos que traziam consigo, após serem encurralados no 24°andar do hotel. Naass não divulgou o nome nem a nacionalidade dos estrangeiros que morreram no ataque.

Em breve comunicado no Twitter, o braço da organização extremista "Estado Islâmico" (EI) em Trípoli reivindicou a autoria do atentado.

Os jihadistas afirmaram que o ataque foi um ato de vingança pela morte de Abu Anas al-Liby, um suspeito de integrar a Al Qaeda e de ter participado contra os ataques às embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia em 1998. Liby morreu neste mês em um hospital em Nova York, pouco antes de seu julgamento.

A alta representante da União Europeia para política externa e de segurança, Federica Mogherini, disse que os ataques são "outro ato repreensível de terrorismo", além de ser um golpe nos esforços para trazer a paz e a estabilidade na Líbia.

Desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em 2011, a Líbia está mergulhada em caos, em grande parte devido à instabilidade política. O país tem dois governos – um deles, no leste, reconhecido internacionalmente, e um rival na capital. Além disso, uma poderosa mílicia insurgente luta para assumir o poder.

CN/rtr/afp/dpa