1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Ataques deixam dezenas de mortos em Bagdá

17 de maio de 2016

Três atentados a bomba atingem diferentes regiões xiitas da capital iraquiana, somando ao menos 72 mortos e mais de cem feridos. Um dos ataques é reivindicado pelo grupo extremista "Estado Islâmico".

https://p.dw.com/p/1IpTc
Destruição após ataque a bomba no distrito de Sadr City
Destruição após ataque a bomba no distrito de Sadr CityFoto: Reuters/K. al Mousily

Veja imagens do ataque do "Estado Islâmico" em Bagdá

Ataques a bomba atingiram regiões populosas de Bagdá nesta terça-feira (17/05), deixando dezenas de mortos e mais de cem feridos, segundo fontes médicas e policiais. A capital iraquiana já havia sofrido uma onda de atentados na semana passada, quando outra centena pessoas morreram.

O grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou um dos três ataques desta terça-feira, realizado num mercado popular no bairro xiita de al-Shaab, no norte de Bagdá. Pelo menos 38 pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas.

Um porta-voz do Ministério do Interior iraquiano indicou que uma mulher suicida teria perpetrado o ataque. Ao reivindicar o ato, porém, o EI afirmou que o responsável foi um homem-bomba, Abu Khattab al-Iraqi, que lançou granadas antes de detonar um cinto de explosivos preso ao corpo.

Além desse ato suicida, um atentado com carro-bomba foi registrado nas proximidades de outro distrito xiita, Sadr City, deixando pelo menos 28 mortos e 57 feridos. Outro carro-bomba explodiu no distrito de al-Rasheed, no sul da capital, matando seis e ferindo 21, afirmaram as fontes.

Na semana passada, ataques em Bagdá reivindicados pelo EI mataram mais de uma centena de civis, somando o maior número de mortos em atos terroristas neste ano, em tão poucos dias.

Apesar do apoio da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos. que tenta travar os avanços jihadistas no Iraque, além de treinar as forças iraquianas para a luta contra o EI, a onda de atentados em Bagdá tem revelado falhas significativas nos procedimentos de segurança da capital.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, declarou que uma crise política, desencadeada por sua tentativa de remodelar o gabinete para combater a corrupção, está dificultando a lutra contra o grupo extremista e criando mais espaço para ataques contra a população civil.

Nesta terça-feira, após os atentados, Abadi ordenou a prisão do oficial responsável pela segurança da região de al-Shaab, sem mencionar ações semelhantes contra oficiais dos outros bairros atingidos.

EK/afp/ap/lusa/rtr