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Ataque suicida mata dezenas em Cabul

21 de novembro de 2016

Atentado reivindicado pelo "Estado Islâmico" deixa mais de 30 mortos e 85 feridos em mesquita xiita na capital do Afeganistão. Presidente Ashraf Ghani condena o "brutal ataque", que classifica de "crime imperdoável".

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Afghanistan Anschlag auf Moschee in Kabul
Policiais isolam a mesquita onde ocorreu o atentado, em CabulFoto: Reuters/O. Sobhani

Um atentado suicida reivindicado pelo grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) deixou mais de 30 mortos e 85 feridos nesta segunda-feira (21/11) num templo em Cabul, no Afeganistão. O ataque ocorreu durante uma cerimônia religiosa da comunidade hazara, uma minoria xiita de língua persa.

O balanço de vítimas, que inclui mulheres e crianças, foi divulgado pelo porta-voz do Ministério afegão da Saúde, Ismail Kawusi. Ele afirmou, no entanto, que o número de mortos e feridos pode aumentar nas próximas horas.

O ataque ocorreu por volta do meio-dia (horário local), quando um homem-bomba se explodiu em meio a dezenas de pessoas na mesquita xiita de Baqir-ul-Olom, situada numa área da minoria hazara no oeste da capital afegã, afirmou o Ministério do Interior do país.

O porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid, disse que, neste domingo, várias mesquitas e centros religiosos de todo o país comemoram o Arbain, uma importante celebração na qual os xiitas lembram a morte do imã Hussein, neto do profeta Maomé, em meio a fortes medidas de segurança.

"Algumas pessoas realizaram nesta segunda-feira outra cerimônia após o Arbain e, infelizmente, um suicida entrou na mesquita de Baqir-ul-Olom, detonando seus explosivos", afirmou Mujahid.

O Talibã já havia negado sua participação no ataque quando o EI reivindicou a autoria. "A imolação de um combatente do Estado Islâmico atingiu um santuário xiita na cidade de Cabul", diz um comunicado em árabe publicado na agência Amaq, vinculada ao grupo extremista sunita.

Em nota, o presidente afegão, Ashraf Ghani, condenou o "brutal ataque" e manifestou sua "mais profunda tristeza" pela tragédia que, segundo ele, é um "crime imperdoável". O Ministério do Exterior, em outro comunicado, enviou suas condolências às famílias das vítimas e a todo povo afegão.

Atentados de caráter sectário têm se tornado frequentes no Afeganistão, com alvo na minoria xiita, especialmente na comunidade hazara. Em julho deste ano, um ataque suicida durante uma manifestação hazara em Cabul deixou mais de 80 mortos e 300 feridos.

EK/efe/rtr/dpa