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As principais notícias sobre a pandemia (03/06)

4 de junho de 2020

Em meio à crise do coronavírus, taxa de desemprego aumenta para 6,1% na Alemanha, atingindo 2,8 milhões de pessoas. Itália inicia reabertura ao turismo. Suécia começa a questionar sua estratégia contra a pandemia.

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Pessoas de máscara na Alemanha
Taxa de desemprego aumento 0,3 ponto percentual na Alemanha entre abril e maioFoto: picture-alliance/J. Eckel

Resumo desta quarta-feira (03/06):

  • Mundo tem mais de 6,3 milhões de casos, mais de 380 mil mortes e 2,7 milhões de recuperados da covid-19
  • Brasil tem maior número de casos depois dos EUA, 555.383, com 31.199 mortes e 223.638 pacientes recuperados
  • Taxa de desemprego aumenta para 6,1% na Alemanha
  • Alemanha libera viagens para países europeus
  • Itália inicia reabertura ao turismo
  • Suécia começa a questionar sua estratégia contra pandemia

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

18:00 – ONU e Cruz Vermelha pedem vacina popular contra coronavírus

As Nações Unidas e a Cruz Vermelha pediram que os governos e o setor privado se unam para oferecer uma vacina contra a covid-19 que seja acessível a qualquer pessoa, principalmente as mais vulneráveis.

Em um comunicado conjunto, as duas organizações defenderam que à medida que os esforços para desenvolver ferramentas contra o vírus SARS-CoV-2 sejam acelerados, a solidariedade global deve prevalecer. "Ninguém deve ser deixado para trás", pediram.

As organizações lembraram que a doença está tendo um impacto global, mas vem afetando grupos e indivíduos vulneráveis de forma desproporcional. "Uma vacina de base deve proteger os ricos nas cidades e os pobres nas comunidades rurais, os idosos nos asilos e os jovens nos campos de refugiados. Um contrato social para uma vacina popular contra a covid-19 é um imperativo moral", disseram.

Enquanto é aguardada uma vacina, as organizações pediram também para que sejam mantidos os trabalhos de conscientização para que todas as comunidades saibam como evitar o contágio.

16:10 – Cuba não registra mortos por covid-19 pelo quarto dia consecutivo

Cuba chegou nesta quarta-feira ao seu quarto dia consecutivo sem registrar mortes por covid-19, mas confirmou 15 novos casos, todos na capital Havana, chegando a um total de 2.107 infecções, de acordo com informações fornecidas pelo Ministério da Saúde Pública.

O país registrou ainda 83 mortes em decorrência do novo coronavírus. O número de pacientes recuperados é de 1.830, 86,9% do total de casos.

A maioria das províncias de Cuba não registra novos casos de coronavírus há mais de 15 dias, embora as mesmas medidas restritivas sejam mantidas em toda a ilha, como o uso obrigatório de máscara em espaços públicos, fechamento de atividades e negócios e restrições de transporte.

15:00 – OMS retoma estudos com hidroxicloroquina contra covid-19

Depois de a revista científica The Lancet colocar em dúvida um estudo sobre o uso da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da covis-19, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira (03/06) que retomará o uso do fármaco em pesquisas por ela coordenadas em vários países.

A OMS paralisou as pesquisas com cloroquina e hidroxicloroquina após o estudo publicado em 22 maio levantar suspeitas de que os medicamentos aumentavam a taxa de mortalidade em pacientes com covid-19.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o painel que analisa a segurança dos fármacos concluiu que "não há razão para alterar o protocolo dos estudos clínicos" e que foi recomendada a continuação das pesquisas em todas as frentes. Ele acrescentou que a organização continuará a "controlar a segurança" do uso do medicamento.

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13:45 – Brasileiros vão participar de teste da vacina contra covid-19

Cerca de 2 mil brasileiros serão selecionados para testar uma vacina contra a covid-19 desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância (Anvisa), os testes começam ainda neste mês e serão conduzidos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

Os testes em humanos para a vacina já começaram no Reino Unido no final de abril. Para a próxima fase, os pesquisadores estavam buscando epicentros da doença, como a América Latina, onde o número de casos de covid-19 ainda está em ascensão. O Brasil será o segundo país a testar em humanos a eficácia da vacina britânica.

A Unifesp busca voluntários para os testes, que não podem ter sidos infectados anteriormente. A prioridade será dada a profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate à covid-19.

Até agora, a vacina britânica apontou uma eficácia de 50%. Atualmente, 10 mil voluntários participam dos testes no Reino Unido.

Pesquisadora com vacina
Vacina já está sendo testada em humanos no Reino UnidosFoto: picture-alliance/Geisler-Fotopress/C. Hardt

11:20 - "The Lancet" põe em dúvida estudo que levou OMS a suspender cloroquina

A revista médica The Lancet divulgou nesta terça-feira (02/06) uma nota de preocupação com um estudo alvo de críticas sobre a cloroquina e hidroxicloroquina, publicado na própria revista, na qual reconhece que "questões importantes" pairam sobre o trabalho e afirma que está sendo feita uma auditoria independente dos dados utilizados.

A chamada "expressão de preocupação", emitida pela Lancet, não significa uma retirada total do estudo, mas coloca em dúvida o trabalho científico realizado.

A publicação do estudo, em 22 de maio, numa das revistas científicas mais renomadas do mundo, levou à suspensão de ensaios clínicos de hidroxicloroquina em todo o mundo, pois a pesquisa apontava que o medicamento não seria benéfico para pacientes hospitalizados com covid-19 e poderia até ser prejudicial. O estudo também levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) asuspender temporariamente, por precaução, o uso de hidroxicloroquina em pesquisas por ela coordenadas em vários países.

Depois da decisão da OMS, os governos da França, da Itália e da Bélgica interromperam o uso de hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com covid-19.

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08:35 - Itália inicia reabertura ao turismo

A Itália, que entre março e abril chegou a ser o epicentro da pandemia de coronavírus, restabeleceu nesta quarta-feira a livre-circulação entre as suas regiões e reabriu as fronteiras com o resto da União Europeia, fechadas havia três meses. 

Após meses de confinamento, a medida é uma tentativa da Itália de retomar, ainda no verão europeu, a importante indústria do turismo, que em 2019 foi responsável por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e por cerca de 1,5 milhão de empregos. 

"Hoje parece uma conquista se pensarmos nas condições de há alguns meses. Conseguimos com o sacrifício de todos, mas é preciso lembrar que o vírus ainda está entre nós", afirmou o ministro de Assuntos Regionais, Francesco Boccia. 

A Itália foi o primeiro país europeu a ser atingido duramente pelo coronavírus e já reportou oficialmente mais de 33.500 mortes, número inferior apenas aos registrados nos EUA e no Reino Unido, e pouco superior ao contabilizado no Brasil.

No início de março, a Itália impôs um amplo bloqueio econômico. Desde então, viu seus números de contágio caírem drasticamente. Diante de sua mais profunda recessão desde a Segunda Guerra Mundial, o país precisa da visita de estrangeiros para se reerguer – e rapidamente. 

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07:55 - Suécia começa a questionar sua estratégia contra pandemia

O especialista responsável pela controversa estratégia da Suécia para enfrentar a pandemia de coronavírus admitiu, em entrevista veiculada nesta quarta-feira (03/06), que ter ido na contramão do resto do mundo pode ter sido um erro e causado mortes em excesso no país.

"Se estivéssemos diante da mesma doença, com o mesmo conhecimento que temos hoje, acho que a nossa resposta seria alguma coisa entre o que a Suécia fez e o que o resto do mundo fez", disse o epidemiologista Anders Tegnell, em entrevista a uma rádio sueca.

Desde o início da pandemia, a Suécia adotou uma estratégia mais suave do que a maioria dos países europeus para conter o vírus, apelando para a responsabilidade individual de proteger grupos de risco e com poucas restrições de movimentação aos cidadãos.

A taxa de mortalidade da covid-19 no país nórdico ficou abaixo dos países europeus mais atingidos pela pandemia, como Itália (555 mortes por milhão de habitantes), Espanha (581) e Reino Unido (593). 

Porém, com mais de 4.460 mortos, a taxa na Suécia está entre as mais altas do mundo (439 para cada milhão de habitantes) e supera de longe as das vizinhas Dinamarca (100), Noruega (45) e Finlândia (58), que impuseram bloqueios muito mais duros no início da pandemia.

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06:28 - Alemanha libera viagens para países europeus

O governo alemão decidiu acabar com "alertas contra viagens" para países europeus a partir de 15 de junho, anunciou o ministro do Exterior, Heiko Maas, em Berlim, nesta quarta-feira (03/06).

Os alertas deverão ser substituídos por advertências de viagens. O governo deverá definir nos próximos dias um documento com sugestões de medidas de proteção para os turistas, que servirá de base para as negociações com os países que mais recebem turistas alemães.

Devido à pandemia do novo coronavírus, Maas havia emitido, em 17 de março, alertas contra viagens de turismo para todos os países do mundo, o que é um passo sem precedentes na Alemanha. "Alertas contra viagens" são raros e normalmente são emitidos para países onde há conflitos armados.

Os 29 países são os demais membros da União Europeia com exceção da Espanha; o Reino Unido; e países do Espaço Schengen que não fazem parte da União Europeia: Islândia, Suíça e Liechtenstein. A Noruega também faz parte desse último grupo, mas assim, como a Espanha, mantém bloqueios à entrada de viajantes no país para além de 15 de junho –portanto, o governo alemão postergou o fim do "alerta contra viagens" para ambos os países.

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06:05 - Taxa de desemprego aumenta para 6,1% na Alemanha

Em consequência da crise do coronavírus, cerca de 169 mil pessoas perderam o emprego na Alemanha entre abril e maio, com o total de desempregados no país chegando a 2,8 milhões. A taxa de desemprego subiu 0,3 ponto percentual, para 6,1%, afirmou a Agência Federal do Trabalho nesta quarta-feira. Em relação a maio do ano passado, o número de desempregados aumentou em 577 mil pessoas. 

Entre março e abril deste ano, a alta do desemprego em decorrência da pandemia de covid-19 havia sido mais acentuada, com 300 mil pessoas perdendo seus postos de trabalho.

Segundo o chefe da Agência Federal do Trabalho, Detlef Scheele, o mercado de trabalho permanece sob forte pressão. Em maio, mais de 1 milhão de trabalhadores foram enquadrados no programa estatal de jornada de trabalho reduzida (Kurzarbeit). Segundo a agência, mais de 33 milhões de trabalhadores correm o risco de serem incluídos no programa.

Resumo dos principais acontecimentos desta terça-feira (02/06):

  • Brasil ultrapassa 30 mil mortes por covid-19
  • França reabre cafés e restaurantes, mas impõe limites
  • Nova Zelândia poderá remover restrições antes do previsto
  • Fórmula 1 reinicia temporada na Europa, mas sem a presença do público
  • Ianomâmis pedem a expulsão de garimpeiros para combater covid-19 em seu território

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