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Principais notícias sobre a pandemia de coronavírus (11/04)

11 de abril de 2020

Letalidade no Brasil atinge 5,4%. EUA passam Itália e são país com maior número de mortos. ONG diz que Bolsonaro põe brasileiros em grave perigo.

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Hospital em Nova York
Foto: Imago Images/ZUMA Wire/M. J. Lugo

Resumo deste sábado (11/04):

  • Brasil tem 20.727 casos e 1.124 mortes (5,4% de letalidade), segundo o Ministério da Saúde
  • Mundo tem mais de 1,7 milhão de casos confirmados e 107 mil mortes; 395 mil se recuperaram
  • ONG diz que Bolsonaro põe brasileiros em grave perigo
  • Com mais de 2 mil óbitos em 24h, EUA passam Itália e são país com mais mortes no mundo
  • Escolas de Nova York ficarão fechadas até o fim do ano letivo
  • Número de novas mortes cai pelo terceiro dia seguido na Espanha
  • Índia decide prolongar quarentena

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

17:00 – Bolsonaro visita obras em Goiás, causa aglomeração e é criticado

O presidente Jair Bolsonaro foi alvo de críticas do ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, ao visitar as obras de um hospital de campanha em Águas Lindas, município de Goiás a 57 quilômetros de Brasília, criando aglomerações e, mais uma vez, ignorando as orientações das autoridades sanitárias no combate ao alastramento do vírus letal.

Mandetta, que acompanhou as aglomerações à distância, comentou, após a partida do presidente: "Posso recomendar, não posso viver a vida das pessoas. Os que fazem uma atitude dessas hoje, daqui a pouco vão ser os mesmos que vão estar lamentando." O chefe de pasta lembrou que as medidas de isolamento valem "para todos os brasileiros".

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que igualmente condenou o comportamento presidencial, aplicou demonstrativamente álcool em gel nas mãos antes de cumprimentar Bolsonaro.

Leia a notícia completa

14:00 – EUA passam Itália e são país com mais mortes no mundo

Os Estados Unidos ultrapassaram a Itália em número de mortos por coronavírus neste sábado, tornando-se o país com mais vítimas no mundo, segundo dados da universidade americana Johns Hopkins. O país soma 19.602 óbitos, enquanto a Itália tem 19.468.

Os EUA já eram o país com maior número de casos confirmados, ultrapassando 507 mil infecções. A Espanha vem em segundo, com quase 162 mil, e a Itália, em terceiro, com mais de 147 mil.

Na sexta-feira, os Estados Unidos registraram um total de 2.108 novas mortes, tornando-se o único país do mundo a passar a marca de 2 mil óbitos em apenas um dia.

13:00 – Bolsonaro põe brasileiros em grave perigo, afirma ONG

A organização de direitos humanos Human Rights Watch divulgou um relatório afirmando que o presidente Jair Bolsonaro coloca "os brasileiros em grave perigo ao incitá-los a não seguir o distanciamento social e outras medidas para conter a transmissão da covid-19".

Segundo a ONG, o líder brasileiro também "age de forma irresponsável disseminando informações equivocadas sobre a pandemia".

"Bolsonaro tem sabotado os esforços dos governadores e do seu próprio Ministério da Saúde para conter a disseminação da covid-19, colocando em risco a vida e a saúde dos brasileiros", disse José Miguel Vivanco, diretor da Divisão das Américas da Human Rights Watch.

"Para evitar mortes com essa pandemia, os líderes devem garantir que as pessoas tenham acesso a informações precisas, baseadas em evidências, e essenciais para proteger sua saúde. O presidente Bolsonaro está fazendo tudo, menos isso."

No texto, a ONG ainda relaciona e critica uma série de medidas e atitudes tomadas pelo presidente desde o início da pandemia, como a medida provisória editada em 20 de março para retirar dos estados a competência para restringir a circulação de pessoas. A ordem foi mais tarde derrubada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O relatório diz também que, "apesar do risco potencialmente fatal para a saúde dos brasileiros, Bolsonaro tem minimizado a gravidade" da doença desde o início da crise, chamando-a de "gripezinha" e de uma "fantasia" criada pela imprensa.

"O presidente Bolsonaro tem repetidamente desconsiderado as recomendações de distanciamento social e incentivado as pessoas que não são 'idosas' a fazerem o mesmo, colocando-as em risco de contágio", completa o texto.

O país soma 19.638 casos confirmados de coronavírus e mais de mil mortes, segundo dados do Ministério da Saúde desta sexta-feira.

12:20 – Suécia não fez o suficiente, reconhece primeiro-ministro

O primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, admitiu neste sábado que seu país não se preparou de forma adequada para a pandemia de coronavírus. "Não foi suficiente, e isso é óbvio para todos em muitos aspectos", disse o chefe de governo em entrevista à emissora sueca SVT.

A resposta da Suécia à pandemia foi um tanto singular. Ao contrário da maioria de seus vizinhos europeus, o governo verde-social-democrata em Estocolmo não fez restrições ou proibições de circulação, mas apenas recomendações: a população deve ficar em casa o máximo possível, evitar viagens desnecessárias e limitar os contatos sociais com os idosos.

Lojas e restaurantes permaneceram abertos, e jardins de infância e escolas de ensino médio até o nono ano funcionavam normalmente.

Embora distante dos números de países como Itália, Espanha, França e Reino Unido, a Suécia vem registrando um aumento contínuo de infecções e mortes por covid-19 nas últimas semanas, superior ao dos vizinhos nórdicos.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, o país – de pouco mais de 10 milhões de habitantes – soma mais de 10 mil casos confirmados e 887 mortes.

12:00 – Com covid-19, Boris Johnson tem "bom progresso"

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, está tendo "um progresso muito bom" em sua recuperação da doença provocada pelo novo coronavírus, informou seu gabinete neste sábado.

Johnson saiu da UTI na última quinta-feira, após três dias em tratamento intensivo, mas continua internado em um hospital em Londres. Na sexta-feira, Downing Street informou que o premiê havia conseguido voltar a andar, embora sua recuperação estivesse em estágios iniciais.

11:40 – Escolas de Nova York ficarão fechadas até o fim do ano letivo

Com 1,1 milhão de estudantes, as escolas públicas da cidade americana de Nova York permanecerão fechadas até o fim do ano letivo (em junho nos Estados Unidos), anunciou o prefeito Bill de Blasio neste sábado. As aulas pela internet, no entanto, deverão ser mantidas.

As escolas de Nova York, epicentro do novo coronavírus nos EUA, estão fechadas desde 16 de março. Um esforço para promover a educação à distância nesse meio tempo funcionou apenas parcialmente na cidade, onde muitos estudantes de baixa renda não têm acesso a redes de internet ou dispositivos para se conectarem às salas de aula virtuais.

Ainda assim, De Blasio elogiou os professores pelo que disse ser um esforço heróico para continuar lecionando. "Pedimos a nossos educadores que aprendessem uma maneira completamente diferente de ensinar", disse. "E não lhes foi dado um ano para se preparar. Nem um mês. Eles tiveram uma semana para rapidamente se reequipar, mudar para o ensino à distância e fazê-lo funcionar."

O prefeito afirmou que Nova York está trabalhando agora num plano abrangente para conseguir reabrir as escolas para o próximo ano letivo, que tem início em setembro.

Os Estados Unidos são o país com maior número de casos de coronavírus do mundo, somando mais de 500 mil infecções. Com mais de 18 mil mortes, é o segundo em número de vítimas, quase empatando com a Itália. Somente a cidade de Nova York já contabiliza quase 6 mil mortos.

11:00 – Reino Unido tem 917 mortes em 24 horas

Autoridades britânicas informaram neste sábado que o Reino Unido registrou 917 mortes por covid-19 em 24 horas. O balanço leva em conta apenas pacientes que morreram em hospitais e que haviam recebido teste positivo para o novo coronavírus.

Assim, o total de vítimas chega a quase 10 mil no país. Foram registrados ainda 5.234 novos casos de infecção, elevando o total de contaminados a 78.991, disse o Ministério da Saúde britânico.

COVID-19: Leere Straßen in London
Foto: picture-alliance/R. Pinney

10:30 – Máscaras deverão ser novo padrão social, dizem especialistas

Cientistas que guiam o governo federal da Alemanha em meio à pandemia de coronavírus afirmam que medidas de isolamento social e de fechamento de estabelecimentos só poderão ser relaxadas se houver máscaras respiratórias suficientes para a população.

Em entrevista à revista Der Spiegel, um especialista membro da Leopoldina, academia nacional de ciências da Alemanha, instituição de referência no país, disse que a universalização do uso de máscaras faciais, que cubram boca e nariz, é um requisito para o retorno à normalidade.

"A máscara deve se tornar um novo padrão social", disse o cientista. "Somente com proteção sanitária suficiente será possível voltar à vida normal. [A máscara] tem que ser a nova moda."

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09:35 – China oferece enviar médicos ao Brasil

O governo chinês sugeriu enviar profissionais de saúde ao Brasil para ajudar no combate à pandemia. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a oferta foi confirmada pelo ministro-conselheiro chinês Qu Yuhui em entrevista a jornalistas. O Ministério da Saúde brasileiro, por sua vez, por enquanto não teria perspectiva de aceitar essa ajuda, disse a Folha.

08:40 – Índia vai prolongar quarentena 

O governo indiano decidiu estender o período em vigor das medidas restritivas para controlar a disseminação do coronavírus, afirmou o ministro-chefe de Délhi, Arvind Kejriwal, no Twitter. A quarentena, em vigor em todo o território indiano desde 24 de março, estava programada para chegar ao fim na próxima terça-feira.

Segundo Kejriwal, o primeiro-ministro Narendra Modi conversou com vários líderes estaduais neste sábado e resolveu prorrogar as regras de isolamento, uma vez que os números de casos no país seguem aumentando. Ainda não ficou claro até quando a quarentena será prolongada.

"O primeiro-ministro tomou a decisão correta de estender a quarentena. Hoje, a situação da Índia é melhor do que a de muitos países desenvolvidos porque começamos o isolamento antes. Se fosse interrompido agora, todos os ganhos seriam perdidos", escreveu o político.

A Índia soma 7,6 mil casos confirmados de coronavírus e 249  mortes, segundo contagem da universidade americana Johns Hopkins. Há preocupações de que a doença se espalhe mais amplamente pelo país, que tem uma população de 1,3 bilhão de pessoas.

07:55 – Coreia do Sul planeja "tornozeleira eletrônica" para quem desrespeitar quarentena

A Coreia do Sul anunciou planos de colocar pulseiras de rastreamento em pessoas que ignoram as ordens de autoisolamento impostas no país, enquanto autoridades alertam que são necessários controles mais rígidos para evitar o desrespeito às regras de quarentena.

Ao todo, 57 mil pessoas estão proibidas de deixar suas casas devido à pandemia. Mas parte delas estaria burlando a quarentena ao sair e deixar seus celulares em casa – no país, o recurso de geolocalização de smartphones está sendo usado para monitorar o movimento dos cidadãos.

Uma autoridade de saúde sul-coreana, Yoon Tae-ho, reconheceu haver preocupações com a privacidade dos indivíduos, mas defendeu que as pulseiras são necessárias porque o número de pessoas sob quarentena aumentou bastante nas últimas semanas. Desde 1º de abril, o país exige que os recém-chegados do exterior se isolem por 14 dias.

A pena para quem desrespeita as ordens de quarentena pode chegar a um ano de prisão ou multas de até 8.200 dólares (quase 42 mil reais). A Coreia do Sul soma mais de 10 mil casos confirmados de coronavírus e 211 mortes.

Família usando máscaras faz selfie nas ruas de Seul, na Coreia do Sul
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Young-Joon

07:15 – Número de novas mortes na Espanha cai pelo terceiro dia seguido

O número diário de mortes por coronavírus na Espanha caiu pelo terceiro dia consecutivo. O país registrou 510 mortes em 24 horas, menor cifra desde 23 de março. Com o último aumento, o total de vítimas subiu de 15.843 na sexta-feira para 16.353 neste sábado, segundo o Ministério da Saúde espanhol. O número de casos confirmados, por sua vez, cresceu de 157.022 para 161.852.

A Espanha é o segundo país do mundo com mais infecções, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em número de mortes, atrás da Itália e dos EUA.

Leitos preparados para receber pacientes em centro de conferência em Madri
Foto: Reuters/Comunidad de Madrid

06:30 – Governo Merkel é aprovado por dois terços dos alemães na gestão da crise do coronavírus

Dois terços dos alemães (cerca de 66%) dizem estar satisfeitos com a resposta do governo da chanceler federal Angela Merkel à pandemia de coronavírus, de acordo com uma nova pesquisa do instituto YouGov. Há duas semanas, esse mesmo índice era de 54%.

A porcentagem dos que desaprovam a gestão do governo diante da crise de saúde caiu de 38% para 27% no mesmo período. Até mesmo os apoiadores do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) estão mais satisfeitos: 45% disseram aprovar a resposta do governo democrata-cristão, enquanto na pesquisa de duas semanas atrás o índice era de 27%.

O levantamento, encomendado pela agência de notícias DPA, ouviu 2.045 pessoas entre 7 e 9 de abril.

06:00 – EUA são primeiro país a ter mais de 2 mil mortos em apenas um dia

Os Estados Unidos se tornaram o primeiro país do mundo a registrar mais de 2 mil mortes por covid-19 em apenas um dia. Um total de 2.108 pessoas morreram em 24 horas, segundo dados da Universidade Johns Hopkins atualizados na noite de sexta-feira (hora local).

O país soma agora mais de 18 mil vítimas e se aproxima da Itália, que tem 18.849 mortes, podendo se tornar em breve a nação com mais mortes por coronavírus no mundo.

Os EUA já são o país com maior número de casos confirmados, ultrapassando 500 mil infecções. Foram mais de 35 mil ocorrências registradas no país nas últimas 24 horas. No dia anterior, haviam sido contabilizados 32 mil novos casos e 1.783 mortes, uma queda em relação à véspera.

00:00 – Resumo dos principais acontecimentos de sexta-feira (10/04):

  • Brasil tem 19.638 casos e 1.056 mortes, segundo Ministério da Saúde
  • Latam suspende todos os voos internacionais até 30 de abril
  • Itália prolonga quarentena rigorosa até 3 de maio
  • Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
  • EUA registram 32 mil casos e 1,7 mil mortes em 24 horas, menos que no dia anterior

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