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Argentina convoca greve geral contra o governo Kirchner

21 de novembro de 2012

Greves gerais afetam todo o país. Manifestantes fecharam estradas e vários serviços foram paralisados. Os sindicatos se voltam contra a presidente Cristina Kirchner, em meio a inflação crescente e aumento da violência.

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Foto: Reuters

Milhares de pessoas saíram em protesto na Argentina, nesta terça-feira (20/11), e aderiram à greve geral de 24 horas, convocada pelos sindicatos dos trabalhadores.

As manifestações tiveram objetivos semelhantes às do dia 8 de novembro, contra a inflação e as crescentes taxas de criminalidade.

A greve de terça-feira fechou inúmeros comércios, postos de gasolina e bancos, cancelou voos domésticos em todo o país, causou distúrbios no funcionamento dos transportes públicos e bloqueou as principais vias rodoviárias.

Apoio dos sindicatos

A greve de 24 horas foi convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), liderada por Hugo Moyano, que até o ano passado apoiou Cristina Kirchner, e uma parte da Confederação de Trabalhadores da Argentina (CTA), liderada por Pablo Micheli.

Moyano quer impostos mais baixos para ajudar a compensar a taxa de inflação do país, que está em ascensão. Os grevistas também reivindicam o aumento das pensões e do salário mínimo.

As últimas greves são resultado de uma relação cada vez mais tensa entre Kirchner e os sindicatos.

Situação econômica

A economia argentina tem uma taxa de inflação de 25%. O crescimento do país caiu de 9%, em 2011, para apenas 2,2% este ano, segundo o Banco Mundial.

As dificuldades econômicas têm se refletido na popularidade de Kirchner, que despencou desde seu primeiro ano de reeleição, em que recebeu 54% dos votos.

Este ano, sua taxa de aprovação está em 34%, uma queda significativa, de acordo um inquérito realizado pelo Instituto Giacobbe e Associados.

Cristina Kirchner está constitucionalmente proibida de concorrer a um terceiro mandato em 2015, mas seus partidários no Congresso têm sugerido uma alteração constitucional para tornar isso possível.

AFN/rtr/afp/dpa
Revisão: Francis França