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App permite rastrear estação espacial internacional

Sean Sinico (msb)21 de novembro de 2013

Criado pelo Centro Aeroespacial Alemão, aplicativo para celular permite acompanhar a trajetória da ISS pelo céu. Objetivo é despertar o interesse dos jovens pela ciência.

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Foto: DLR

O Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla original) uniu-se a várias empresas e instituições científicas e lançou seu próprio aplicativo para smartphones. Batizado DLR_next, o app permite aos usuários conhecer a localização exata da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla original) a qualquer hora e até mesmo acompanhá-la pelo céu noturno.

"É possível ver a ISS a olho nu. Quando a estação está iluminada pelo sol, mas o céu está escuro, ela é mais brilhante do que qualquer estrela e atravessa o horizonte, a partir do oeste, em três ou quatro minutos", explica Volker Kratzenberg-Annies, coordenador de educação e desenvolvimento de jovens talentos do DLR.

O app rastreia a ISS e coloca o plano de voo da estação espacial no celular do usuário, garantindo que qualquer pessoa possa acompanhar o movimento dela em noites de céu estrelado, explica Kratzenberg.

Além de seguir a estação internacional, uma outra função faz com que o aplicativo seja usado como um interessante instrumento educativo: basta o usuário apontar o telefone para uma estrela e obter informações sobre ela.

Porta de entrada para a ciência

"Nossa intenção com o aplicativo é usar o fascínio causado pelas estrelas, pelo espaço e pelo universo para mostrar aos jovens as muitas oportunidades oferecidas pelas ciências naturais e pela tecnologia", diz Kratzenberg.

Ele detalha que o app uniu informações levantadas por especialistas do DLR nas mais diversas áreas – incluindo astrofísica, energia e transporte – de uma maneira compacta e fácil de entender.

"Criamos o aplicativo de maneira a atrair jovens que não são exatamente interessados nesses temas porque queremos empolgá-los também", afirma o diretor, lembrando que a ideia era produzir algo para aparelhos que são populares entre esse público.

O aplicativo está disponível para smartphones que usam o sistema Android e em breve ganhará também uma versão para iPhone.

DLR App für Smartphones
Em breve, aplicativo será oferecido tanto sistema Android quanto para iOSFoto: DLR

Uso educativo

Segundo o especialista Steve Vosloo, da Unesco, apps para celulares podem ser uma boa maneira de ampliar o interesse de alunos pelas áreas de ciência e de pesquisa, pois fazem com que o aprendizado ocorra também fora da sala de aula.

"Aplicativos bem feitos – tanto da perspectiva da aprendizagem como da facilidade de uso – podem apresentar princípios científicos de forma interativa e participativa, especialmente na física, e assim ajudar na compreensão", afirma.

"Os apps podem ser usados em qualquer lugar, a qualquer hora, e também podem ajudar a levar a ciência para o mundo real, onde os princípios são aplicados e compreendidos em termos práticos", completa.

Apps bem feitos

Assim como qualquer outro aplicativo, os científicos precisam ser bem feitos e ter uma boa aparência, serem fáceis de usar e permitir às pessoas compartilhar o que acabaram de aprender, explica o blogueiro Sören Schewe, do site SciLogs.de. Só assim, afirma, eles podem despertar o interesse das pessoas pela ciência e pela pesquisa.

"Se o app tem uma aparência legal, funciona bem e contém boa informação, acho que pode despertar o interesse das pessoas para a área", opina Schewe. "Basta instalar no aparelho e o aplicativo estará lá, não é difícil."

O blogueiro ainda não testou o DLR_next, mas acumula larga experiência com outros aplicativos científicos, incluindo um que apresenta a tabela periódica dos elementos, feito pela empresa química e farmacêutica alemã Merck. "Ele é muito colorido, tem um visual ótimo e é perfeito para o meu Nexus 7. É um dos aplicativos que uso várias vezes por semana", comenta.

Há uma grande quantidade de aplicativos científicos voltados para pessoas que já têm intimidade com a ciência e apenas buscam informações mais detalhadas em seu campo de estudo. Um deles é o ArXiv, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, que provê acesso a uma base de dados de pesquisas científicas. "Você escolhe suas categorias favoritas e recebe informações quando há novos papers", explica Schewe.