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Alemanha registra recorde diário de vacinação contra covid

29 de abril de 2021

Em 24 horas, país aplicou 1,089 milhão de doses, o equivalente a mais de 1% de sua população. Imunização ganhou impulso após a Páscoa, quando 65 mil médicos da família começaram a vacinar em seus consultórios.

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Muitas pessoas aguardam, sentadas, em uma grande sala. Elas usam máscaras e as cadeiras estão separadas em duplas. .
Pessoas aguardam para serem imunizadas em um centro de vacinação de ColôniaFoto: Marius Becker/dpa/picture alliance

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, anunciou nesta quinta-feira (29/04) que a Alemanha registrou seu recorde diário de vacinação contra a covid-19.

Segundo Spahn, somente na quarta-feira, o país administrou 1,089 milhão de doses. Isso significa que, pela primeira vez, a Alemanha vacinou, em um único dia, mais de 1% de sua população.

"Isso mostra o quanto ganhamos velocidade", disse Spahn sobre o ritmo de vacinação, após um começo bastante lento e criticado.

Até agora, poucos países conseguiram superar esse índice diário, entre eles, China, Índia e Estados Unidos. O Brasil, superou a marca de 1 milhão de doses em um único dia pela primeira vez em 5 de abril. 

Na Europa, o Reino Unido chegou a aplicar 874 mil em 24 horas, em 20 de março.

 A Alemanha tem cerca de 83 milhões de habitantes, sendo que 21,6 milhões, ou seja, 25,9% da população, já recebeu ao menos uma dose de vacinas contra a covid-19 -  7,5% já tomaram as duas.

Impulso após a Páscoa

A campanha ganhou impulso após a Páscoa, quando 65 mil médicos da família começaram a vacinar em seus consultórios. Prova disso é que, na quarta-feira, as clínicas médicas aplicaram 730 mil doses, enquanto os centros regionais de vacinação, administraram 360 mil doses.

Eles recebem, semanalmente, cerca de 1 milhão de doses - número que poderá ser dobrado em breve. Além disso, outros 2,25 milhões de doses por semana são distribuídas em centros de vacinação em toda a Alemanha. 

Atualmente, a maior parte dos estados está vacinando o grupo prioritário três, que inclui, por exemplo, pessoas com mais de 60 anos, pacientes com doenças pré-existentes, como asma, diabetes ou doenças autoimunes, bem como funcionários do comércio varejista de alimentos ou da assistência à infância e juventude.

Para impulsionar ainda mais a vacinação, o governo federal planeja que médicos de empresas comecem a vacinar funcionários a partir de junho.

A maioria das vacinas administradas na Alemanha é produzida pela Pfizer-BioNTech. O restante são da Moderna e da AstraZeneca-Oxford. Atualmente, o imunizante da AstraZeneca é recomendado apenas para maiores de 60 anos na Alemanha, devido ao registro de algumas poucas dezenas de casos suspeitos de trombose entre pessoas abaixo dessa faixa etária que receberam doses. No entanto, vários estados liberaram a aplicação em adultos de todas as idades que aceitarem receber a vacina.

Na segunda-feira, a chanceler federal, Angela Merkel, disse que o país, eliminará, no mais tardar até junho, os grupos prioritários na vacinação contra a covid-19.

"Isso não significa que todos possam ser vacinados imediatamente", ponderou Merkel. "Todos podem solicitar a vacina e receberão conforme a disponibilidade", acrescentou a chanceler.

Na data, Merkel também reafirmou sua promessa de poder oferecer a todos os alemães uma vacina até o final do verão europeu. 

No entanto, o pré-requisito para o fim da priorização é que haja um bom número de doses disponíveis – e isso depende que os laboratórios entreguem as vacinas que já foram adquiridas. De acordo com Merkel, no segundo trimestre, a Alemanha espera receber 80 milhões de doses de vacinas, sendo 50 milhões delas da Pfizer-BioNTech.

le (afp, ots)