A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, anunciou na noite desta terça-feira (05/01) que o lockdown em vigor desde 16 de dezembro será estendido até o fim de janeiro. Inicialmente, o plano era que a medida chegasse ao fim em 10 de janeiro. O governo ainda anunciou que o confinamento será mais severo ao longo do mês, com a imposição de novas restrições para movimento interno no país e de reuniões, com o objetivo de conter o avanço da pandemia de covid-19.
O anúncio ocorreu após uma reunião com os 16 governadores da Alemanha. "Precisamos restringir o contato mais estritamente. Pedimos a todos cidadãos para restringir o contato ao mínimo absoluto", disse a chefe de governo a jornalistas.
Com isso devem continuar em vigor até 31 de janeiro o fechamento de escolas e creches, cabeleireiros, academias e do comércio não essencial. Supermercados e farmácias seguem abertos, mas restaurantes continuam só podendo oferecer comida e bebida para viagem. As empresas estão orientadas a dispensar ou dar férias aos funcionários e a dar prioridade ao trabalho remoto.
Mais restrições
Entre as regras mais severas anunciadas nesta terça-feira, está a proibição de viagens internas a partir de regiões onde o vírus tem alta incidência. Sob os novos regulamentos, residentes de áreas consideradas de risco serão impedidos de se deslocar por mais de 15 quilômetros sem motivo válido. Passeios estão especificamente excluídos.
Pelas regras, são considerados como áreas de risco lugares que apresentem mais de 200 casos de covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos sete dias. No momento, um em cada seis distritos da Alemanha se encaixa nessa definição.
Também foram introduzidas novas regras para viajantes que chegam de áreas de risco, e mais restrições a reuniões. Agora, quem chegue na Alemanha de regiões de risco terá que se testar para o coronavírus duas vezes. Mesmo que o primeiro teste seja negativo, esses viajantes terão que ficar em quarentena por cinco dias e fazer um segundo teste. Os alemães também passarão a ter permissão para se encontrar com apenas uma pessoa de outra residência, em vez de cinco, como vinha sendo permitido.
A meta do governo continua sendo levar a incidência de covid-19 por 100 mil habitantes para um patamar abaixo de 50, em sete dias, permitindo que as cadeias de infecção possa ser rastreadas novamente.
Merkel salientou que isso é cada vez mais importante por causa da variante mais infecciosa do coronavírus detectada no Reino Unido. "Devemos ter um cuidado especial agora. Estamos numa situação nova e extraordinária", disse a chanceler federal. No momento, a incidência do vírus no país está acima de 134.
Doença ainda avança no país
O lockdown de 16 de dezembro foi imposto após uma tentativa de bloqueio parcial no início de novembro, que não conseguiu conter a explosão de casos na Alemanha. Na ocasião, o comércio e as escolas permaneceram abertos, enquanto foram impostas severas restrições a shows, hotéis e academias de ginástica.
Mas nem as medidas mais rígidas impostas a partir da segunda metade de dezembro surtiram o efeito esperado até agora. No último mês de 2021, a Alemanha teve o maior número de mortes desde o início da pandemia, chegando a registrar recordes de mais de mil óbitos por dia, além de um forte aumento do número de infecções. A situação levou várias lideranças políticas a pedirem a ampliação das medidas de contenção.
A reabertura das escolas e jardins de infância havia se tornado um dos pontos mais debatidos entre as lideranças políticas do país. Novos estudos afirmam que o coronavírus se espalha com maior intensidade nas escolas do que se pensava inicialmente.
O anúncio desta terça-feira descarta, por ora, a reabertura dos estabelecimentos de ensino. Como forma de compensar os pais, o governo anunciou que eles terão direito a dez dias extras de licença remunerada para cuidar dos filhos. Pais solteiros terão direito a 20 dias.
Nesta terça-feira, a Alemanha registrou mais 944 mortes associadas à covid-19, elevando o total desde o início da pandemia para 35.518. O número de casos acumulados passa de 1,7 milhão. O país iniciou no fim de dezembro uma campanha nacional de vacinação. Até o momento, 316 mil dos 83 milhões de habitantes receberam a primeira dose da vacina.
Os governos estaduais e federal devem voltar a ser reunir no dia 25 de janeiro para reavaliar a situação.
JPS/ots
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