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Alemanha prorroga alerta de viagem para 160 países

26 de agosto de 2020

Preocupações com coronavírus leva Berlim a estender até meados de setembro recomendação para cidadãos evitarem certos destinos. Alerta amplo está em vigor desde março e atinge atualmente nações de fora da União Europeia.

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Homem olha tela de aeroporto com informações sobre voos
Alemanha prorroga alertas de viagem para países de fora da UE em razão da pandemia de covid-19Foto: picture-alliance/dpa/L. Mirgeler

A Alemanha prorrogou nesta quarta-feira (26/08) por mais duas semanas o alerta de viagem para a maioria dos países de fora da União Europeia (UE) devido à pandemia de covid-19. O alerta contra viagens internacionais foram expedidos em 17 de março.

Inicialmente válido até 31 de agosto, o alerta foi estendido até o dia 14 de setembro. "Todos devem se perguntar se uma viagem a um território considerado de risco é essencial ou não", afirmou a porta-voz do governo Ulrike Demmer. Ela ressaltou que a luta contra o coronavírus exige também uma dose de responsabilidade individual.

Os alertas de viagens não são uma proibição. Eles servem para prevenir aqueles que pretendem viajar a um determinado país de que poderão ter de permanecer em quarentena na sua volta por um período mais longo ou mais curto, de acordo com as leis locais.

Segundo Demmer, os alertas são, na verdade, uma medida que pretende ter um efeito dissuasivo e que apresenta também um aspecto positivo para os viajantes, ao permitir que cancelem gratuitamente suas reservas.

A porta-voz adjunta do Ministério do Exterior, Andrea Sasse, avalia que a situação "não vai relaxar o suficiente até, pelo menos, meados de setembro para ser possível remover a recomendação global de não viajar". Ela disse que é difícil fazer previsões em longo prazo sobre a evolução da pandemia, tendo em conta o seu "desenvolvimento bastante dinâmico".

"Vemos que em muitos países o número de infecções continua a subir ou voltou a aumentar", afirmou. "Também vemos que o maior número de infecções [na Alemanha] com frequência está relacionado com viajantes que chegam do exterior e trazem consigo o vírus."

As recomendações relativas a viagens são emitidas independentemente da classificação dos países como áreas de risco pelo Instituto Robert Koch, responsável pelo controle e prevenção de doenças no país. Atualmente, os alertas de viagem são válidos para mais de 160 países, dos quais pouco mais de 130 são considerados como zonas de risco.

Após retornarem à Alemanha, as pessoas que viajarem para os países considerados "zona de risco" – como o Brasil e os Estados Unidos – terão de permanecer em quarentena, que pode ser interrompida com a apresentação de um teste negativo para a covid-19.

Com o novo aumento das taxas de infecção na Europa, o governo alemão também reativou os alertas de viagens para várias regiões da Europa, que incluem a Espanha, com exceção das Ilhas Canárias, o sudeste de França e a região de Paris, e a capital belga, Bruxelas, além de partes da Romênia, Bulgária e Croácia.

Em março, em pleno auge da pandemia, a Alemanha introduziu um alerta sem precedentes para todas as viagens ao exterior. No mês de junho, Berlim aliviou as medidas para os países da UE, além do Reino Unido e de parte da Turquia.

Berlim, porém, designou recentemente como áreas de risco algumas regiões que registraram aumentos nos números relacionados à covid-19, como parte da França, Bélgica, Espanha e Croácia, ao mesmo tempo em que removeu as restrições referentes a países como Luxemburgo.

A Alemanha teve mais êxito no combate à pandemia do que muitos de seus vizinhos europeus, mas as infecções vêm aumentando nos últimos dias em níveis que não eram registrados desde abril. Nesta quarta-feira, o país teve 1.576 novos casos, o que eleva o total de infecções para 236.429.

RC/afp/lusa/dpa

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