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Alemanha fora, mas alemães continuam na Eurocopa

lk30 de junho de 2004

A Eurocopa chega às semifinais sem a Seleção Alemã, mas ainda com a participação de alemães: Otto Rehhagel, técnico da semifinalista Grécia, e o juiz Markus Merk, árbitro da final.

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Fãs portugueses torcem pelo primeiro título internacionalFoto: AP

"Este é um grande momento em minha carreira", declarou o dentista Markus Merk, 42 anos, ao saber que fora escolhido pela Uefa para apitar a decisão da Eurocopa 2004. "Além disso, estou orgulhoso de que pelo menos uma equipe alemã esteja na final", acrescentou referindo-se a seus assistentes, Jan-Hendrik Salver, de Stuttgart, e Christian Schräer, de Emsdetten, que vão atuar como bandeirinhas.

Mas antes que chegue a vez do trio, um outro alemão estará gesticulando e dando instruções em campo já na quinta-feira (01/07), na segunda semifinal do campeonato, quando a Grécia enfrentará a República Tcheca: Otto Rehagel, 65 anos, técnico da equipe helena. Até lá, os anfitriões já saberão se podem continuar com as comemorações extáticas de seus heróis da bola: na quarta-feira, a equipe treinada pelo brasileiro Luiz Felipe Scolari joga contra a seleção "laranja", dos Países Baixos.

Estatística a favor de Portugal

EM 2004 Portugal Cristiano Ronaldo
Cristiano Ronaldo, 19 anos, atual estrela da Seleção PortuguesaFoto: AP

A Seleção Portuguesa nunca conquistou um título internacional, ao contrário dos holandeses, que já foram campeões europeus em 1988. Mas uma análise das partidas entre as duas equipes aponta claramente para uma vantagem dos portugueses. Dos oito encontros realizados, os lusitanos perderam apenas uma vez: em outubro de 1991, na qualificação para a Eurocopa, por 1 a 0, em Roterdã. Quatro jogos terminaram com vitória para Portugal; três com um empate, tendo o último ocorrido em abril de 2003 (1 a 1) em Eindhoven, já sob a direção de Scolari.

Mas ainda existem outros dados que alimentam a esperança dos portugueses de arrebatar o título desta vez: desde 1987, quando foi derrotada pela Itália por 1 a 0, a seleção nacional não perdeu nenhum dos 28 jogos realizados em casa; e já por duas vezes a taça de prata ficou com os anfitriões — em 1964, com a Espanha, e em 1984, com a França.

Gregos disputam "jogo do século"

Baros feiert sein 2. Tor, 3:0 Tschechien gegen Dänemark im Viertel-Finale in Porto
Milan Baros, revelação do futebol tchecoFoto: AP

Grande surpresa do campeonato, a equipe treinada pelo alemão Otto Rehhagel deu origem a uma grande euforia na Grécia. Fãs assaltam as agências de viagem, na tentativa de conseguir uma passagem que ainda lhes permita ir torcer por sua equipe no encontro com os tchecos, tradicionalmente gigantes do futebol e até agora a mais bem-sucedida equipe da Eurocopa.

"Os tchecos são os favoritos absolutos, quanto a isso não há a menor dúvida. Eles sempre tiveram futebolistas excepcionais e acentuaram seu potencial neste torneio. Mas nós queremos aproveitar o pouco de chance que temos e chegar à final", adverte o técnico alemão, a quem os gregos já deram o apelido de "Rehracles", em alusão ao nome grego (Heracles) do mitológico herói Hércules.

O sucesso inesperado num esporte em que a Grécia até agora era praticamente uma tábula rasa está sendo bem visto também pelos políticos. "A propaganda para o país em vista dos Jogos Olímpicos tem mais valor do que qualquer soma de dinheiro que eu mencionasse", disse Georgios Orfanos, secretário do Esporte da Grécia.

Prova do apreço é a oferta da nacionalidade grega ao técnico, que já se declarou muito honrado e quer tomar uma decisão a este respeito após o campeonato.