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Máfia alemã do apito

22 de novembro de 2009

Cinco berlinenses estariam por trás das manipulações de jogos de futebol, afirma jornal da capital alemã. Primeiras suspeitas recaem sobre um árbitro alemão e jogadores de equipes de divisões inferiores.

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Nome dos suspeitos ainda não foram divulgadosFoto: picture alliance / dpa

A Alemanha está desde sexta-feira passada (20/11) no centro do maior escândalo de apostas da história do futebol europeu. Desde que a Promotoria Pública de Bochum tornou público que cerca de 200 partidas disputadas na Europa podem ter sido manipuladas, denúncias e especulações não param de surgir na imprensa alemã.

Teriam participado do esquema o croata Ante Sapina, já envolvido no escândalo de apostas de 2005 na Alemanha e que foi detido preventivamente na semana passada, e mais quatro berlinenses com origens no sudeste europeu ou na Turquia, segundo o jornal Berliner Morgenpost.

Eles agiriam em conluio com um segundo grupo, esse responsável por corromper juízes, jogadores e técnicos, afirmou o jornal.

Juiz alemão entre os suspeitos

Segundo a revista Der Spiegel, haveria novamente um árbitro alemão envolvido na manipulação de resultados de partidas. Ele teria recebido dinheiro de uma máfia de apostas para interferir no resultado de um jogo da Liga Regional Sul em maio de 2009.

A Spiegel também lança suspeitas sobre o clube SSV Ulm, que disputa a Liga Regional Sul. Quatro jogos da equipe na fase final da temporada 2008/09 teriam sido manipulados.

A imprensa alemã falou ainda sobre o possível envolvimento de um jogador e dois ex-jogadores do clube Osnabrück, que disputa a Terceira Divisão. Há suspeitas em torno de dois jogos da equipe como time visitante: contra o Augsburg, em 17 de abril de 2009 (derrota por 3 a 0) e contra o Nürnberg, em 13 de maio (outra derrota, desta vez por 2 a 0).

O presidente do clube, Dirk Rasch, disse que, caso as denúncias sejam comprovadas, os responsáveis serão punidos.

Dirigentes pedem nomes

O presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), Theo Zwanziger, disse não conhecer os nomes dos possíveis envolvidos. "Não posso avaliar as informações sobre o árbitro. Mas se elas forem confirmadas, essas pessoas não terão mais nada conosco e serão punidas", afirmou.

Zwanziger apelou aos promotores de Bochum para divulgarem o quanto antes os nomes dos suspeitos, para que não pairem dúvidas sobre inocentes. A Promotoria não divulgou nomes. Em toda a Alemanha são 32 jogos sob suspeita. Mas isso seria apenas a "ponta do iceberg", disseram os promotores.

O presidente da Associação de Clubes, Reinhard Rauball, criticou a Promotoria Pública por não ter informado com antecedência os clubes sobre as suspeitas. "Fomos informados através da coletiva de imprensa", declarou.

AS/sid/dpa/ap

Revisão: Carlos Albuquerque