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Alemanha e França impulsionam PIB da zona do euro

14 de fevereiro de 2014

Países da área de moeda única cresceram 0,3% no último trimestre de 2013, acima da expectativa de expansão do mercado. Mesmo com bom resultado, analistas dizem que 2014 pode ser um ano difícil.

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Foto: Getty Images

O crescimento ligeiramente maior do que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha e da França impulsionou a recuperação da zona do euro no último trimestre de 2013, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (14/02) pelo Eurostat, o órgão de estatísticas da União Europeia.

Os dados mostram que a economia dos 17 países da zona do euro cresceu 0,3% no período de outubro a dezembro de 2013 em comparação ao trimestre anterior. A expectativa do mercado era que a área de moeda única tivesse expansão de apenas 0,2%. Considerando todo o ano de 2013, houve queda de 0,4%.

A economia de 9,5 trilhões de euros já havia saido no segundo trimestre da maior recessão desde a introdução do euro. Mas o desemprego em nível recorde, riscos econômicos externos e a austeridade fiscal ainda dificultam uma maior retomada e, segundo analistas, podem anunciar um 2014 difícil.

O Eurostat vai publicar uma análise detalhada em 5 de março, mas analistas afirmam que o crescimento do quarto trimestre foi impulsionado principalmente pelas exportações e pelo crescimento de pesos-pesados da economia europeia, como Alemanha, França e Itália. Um sinal positivo foi que, pela primeira vez em quase três anos, as seis maiores economias da zona do euro registraram dados positivos.

Pesos-pesados puxam expansão

A Alemanha, maior economia europeia, cresceu 0,4% entre outubro e dezembro em comparação ao trimestre anterior, graças ao aumento das exportações e do investimento. O percentual é maior que o 0,3% registrado de julho a setembro. A economia francesa, a segunda maior da zona do euro, cresceu 0,3% – mais do que a estimativa do governo, de 0,1%.

A Holanda registrou o maior crescimento no quarto trimestre de 2013, com 0,7% em comparação aos três meses anteriores. Mesmo com os números positivos do Eurostat, os analistas, no entanto, foram cautelosos.

Symbolbild Export mit Rekordüberschuss
Aumento das exportações foi um dos fatores para o resultado do PIB do último trimestre de 2013Foto: picture-alliance/dpa

"O ano de 2014 está longe de ser um caminho fácil para a zona do euro, que continua tendo um número significativo de fatores que restringem o crescimento", disse Howard Acher, economista-chefe para a Europa do instituto IHS, à agência de notícias Reuters.

A Itália, que atravessa momento político conturbado, conseguiu voltar a crescer pela primeira vez desde meados de 2011. A economia do país expandiu apenas 0,1%, embora tenha se retraído em 1,9% no resultado geral de 2013, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas da Itália (Istat). Para 2014, o governo do país espera um crescimento de 1,1%.

Espanha: crescimento modesto

A Espanha teve um crescimento de 0,3% no último trimestre de 2013, o segundo resultado positivo consecutivo. O governo agora tem a expectativa que a economia aumente cerca de 1% em 2014, índice maior que o prognóstico oficial anterior, de 0,7%.

Em reunião realizada no início do mês, o Banco Central Europeu (BCE) manteve sua política monetária estável e seu presidente, Mario Draghi, disse que faltam mais informações para uma possível mudança de rumo nas futuras diretrizes.

Ele se referiu também a novos prognósticos que estarão prontos até a reunião em março e aos dados do quarto trimestre de 2013 que ainda serão consolidados. Segundo analistas, o crescimento agora terá que se estender ao aumento da criação de emprego, um vínculo crucial que falta neste momento à recuperação econômica.

FC/rtr/ap/afp/dpa