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Alemanha continua em recessão e a recuperação será vagarosa

(am)27 de fevereiro de 2002

No último trimestre de 2001, a economia alemã diminuiu em relação ao mesmo período do ano anterior. Foi a primeira vez que isto ocorreu nos últimos cinco anos.

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A recuperação mundial terá reflexos lentos sobre a economia alemã

Os dados divulgados em Wiesbaden, nesta quarta-feira (27), pelo Departamento Federal de Estatísticas comprovam que a economia da Alemanha manteve a sua tendência negativa em todo o segundo semestre de 2001. Tecnicamente, considera-se uma economia como recessiva, quando ela apresenta resultados negativos em pelo menos dois trimestres consecutivos. Foi o que ocorreu na Alemanha no ano passado. No cômputo geral, porém, a evolução positiva da primeira metade do ano garantiu ao país um crescimento econômico avaliado em 0,6%.

O órgão de Wiesbaden corrigiu, além disto, a sua previsão inicial do déficit estatal alemão, que atingiu 2,7% do PIB em 2001. Ele chegou assim muito próximo ao limite máximo fixado no pacto de estabilidade do euro, que é de três por cento. A avaliação anterior era de um déficit de 2,6%, o que levou a Comissão Européia a recomendar aos ministros das Finanças da UE a emissão de uma advertência ao governo alemão. O conselho dos ministros só abriu mão da medida, depois que o ministro alemão das Finanças Hans Eichel prometeu um orçamento público equilibrado até o ano de 2004.

A pior fase estará superada em breve

Na opinião da maioria dos analistas econômicos, bem como de institutos de pesquisa econômica, a pior fase de recessão da Alemanha nos últimos anos deverá estar superada dentro em breve. A mesma opinião é compartilhada também pelo governo alemão, que prevê um crescimento econômico de 0,75% no corrente ano.

Também os bancos alemães vêem as perspectivas de médio prazo com um "otimismo moderado". Segundo Manfred Weber, gerente-executivo da Associação Federal dos Bancos Alemães, "todos os dados das últimas semanas indicam que estamos pelo menos próximos de uma reversão da tendência negativa". Weber advertiu, contudo, contra qualquer tipo de euforia: "Ainda não superamos o problema."

Os especialistas não sabem dizer tampouco quando é que a recuperação conjuntural começará a tomar corpo na Alemanha. Alguns institutos de pesquisa econômica prevêem uma retomada do crescimento já no primeiro trimestre de 2002, outros acreditam que a recessão só terminará no segundo semestre do ano. Mesmo com um forte impulso da conjuntura mundial, a recuperação alemã será vagarosa e defasada – neste ponto, todos os analistas parecem concordar.