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Alemanha centraliza compra de equipamentos hospitalares

Kyra Levine ll
30 de março de 2020

A disseminação global do novo coronavírus levou à escassez de suprimentos hospitalares essenciais, enquanto alguns buscam lucrar com a necessidade de adquiri-los. Berlim busca maneiras de combater o problema.

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Profissional da saúde com equipamento de proteção
Hospitais e clínicas da Alemanha vêm sofrendo com falta de equipamentosFoto: picture-alliance/dpa/M. Kusch

Diante da escassez de equipamentos médicos para o combate ao novo coronavírus e de relatos de material falsificado ou a preços exorbitantes, o governo alemão iniciou um procedimento centralizado para obter produtos junto a fornecedores, que devem prover ao menos 25 mil máscaras e equipamentos, garantir um padrão mínimo de qualidade e providenciar a entrega.

Neste domingo (29/03), o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, confirmou ao jornal alemão Welt am Sonntag que seu ministério estava centralizando compras para todo o país.

"Estamos comprando equipamentos de proteção médica no nível federal e fornecendo a todos os estados e associações de saúde pública", disse Spahn. Segundo o ministro, a abordagem garantiria "preços justos e firmes para todos os fornecedores nacionais e internacionais de máscaras e equipamentos de proteção".

À medida que o vírus Sars-Cov-2 se espalha globalmente, faltam máscaras cirúrgicas e outros materiais hospitalares importantes para uso médico. A escassez já se tornou aparente em diversas clínicas e hospitais na Alemanha. Muitos diretores de compras relatam não ter outra opção a não ser tentar esterilizar e reutilizar máscaras enquanto procuram por fornecedores.

Há relatos de equipamentos de proteção falsificados sendo vendidos e de produtos legítimos simplesmente desaparecendo antes da entrega – roubados por gente que tenta revendê-los com lucros astronômicos.

A Europol, a agência de polícia da União Europeia, informou que uma empresa europeia encomendou cerca de 6,6 milhões de euros em máscaras protetoras e gel de desinfecção a uma empresa em Cingapura – que nunca chegaram. Da mesma forma, um carregamento do governo alemão de milhões de máscaras do Quênia nunca foi entregue. E a Holanda pediu o recall de milhões de máscaras defeituosas compradas da China.

O mercado foi inundado com "produtos sanitários e de saúde falsificados" e até medicamentos falsos, disse a agência. Em apenas uma operação coordenada, entre 3 e 10 de março, a Europol confiscou 34 mil máscaras cirúrgicas falsificadas.

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