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Alemães do Leste bebem mais do que os do Oeste, diz estudo

14 de março de 2020

Pesquisa analisou hábitos da população no país. Apesar de consumir mais álcool, moradores dos estados da antiga Alemanha Oriental possuem uma alimentação mais saudável.

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Grupo brinda com cerveja
Foto: picture-alliance/dpa/J. Woitas

Alemães que vivem nos estados que pertenciam à antiga Alemanha Oriental consomem mais bebidas alcoólicas, em quantidades de alto risco, do que os que moram em outras regiões do país, revelou um estudo divulgado nesta sexta-feira (13/03).

Pesquisadores do Instituto Max-Planck para Direitos e Políticas Sociais analisaram como o consumo de álcool, o tabagismo e a alimentação variavam entre os estados que compõem o Leste e o Oeste alemão e também entre o norte e o sul do país.

Os resultados mostraram que alemães do Leste consomem mais bebidas alcoólicas do que os do Oeste, porém, eles possuem uma alimentação mais saudável do que o grupo que vive em estados da antiga Alemanha Ocidental.

No Leste, 18,3% da população possuem um comportamento de risco no consumo de álcool, ou seja, para homens, bebem mais de 24 gramas por dia, e para mulheres, 12 gramas. No Oeste, essa taxa ficou em 14,6%.

A pesquisa não encontrou diferença, porém, em relação ao tabagismo e à prática de atividades físicas.

"As diferenças históricas no consumo de álcool entre a Alemanha Ocidental e a Oriental podem explicar a variação no consumo de risco entre o Leste e o Oeste", afirmaram os pesquisadores. Na antiga Alemanha Comunista havia um grande consumo per capita de bebidas alcoólicas, que também desempenhava um papel social.

Uma diferença no consumo de bebidas alcoólicas também foi registrada entre o sul e o norte do país. As tradicionais festas do sul, como a Oktoberfest, e grande incidência de biergartens explicariam o maior consumo na região.

"Acreditamos que no consumo de álcool, razões sócios-culturais também têm um papel, assim como os hábitos alimentares são muito tradicionais", afirmou Thomas Lampert, do Instituto Robert Koch. O pesquisador acrescenta que as diferenças regionais estão relacionadas ainda com condições socioeconômicas, como desemprego, pobreza e infraestrutura.

O estudo mostrou também que mulheres, apesar de beberem menos, praticam menos exercícios do que homens, porém, elas se alimentam melhor.

Com os dados, os pesquisadores concluíram ainda que políticas para reduzir o consumo de risco de bebidas alcoólicas devem levar em conta as diferenças regionais, mas as para incentivar uma alimentação mais saudável e atividades físicas podem ser realizadas a nível nacional.

A pesquisa analisou dados de 9204 entrevistados com idades entre 18 e 64 anos, coletados em 2015.

CN/dw/ots

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