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AfD diz que resultado é "começo do fim da era Merkel"

5 de setembro de 2016

Líderes do partido populista atribuem bom resultado na eleição de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental à insatisfação dos eleitores com a política para refugiados. "Merkel está derrubando a si mesma", diz Frauke Petry.

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Frauke Petry
Para Frauke Petry, resultado da eleição estadual é derrota pessoal de MerkelFoto: Reuters/W. Rattay

A copresidente do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) Frauke Petry afirmou nesta segunda-feira (05/09) que o sucesso da legenda na eleição de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, no fim de semana, deve-se aos erros do governo da chanceler federal alemã, Angela Merkel.

"Merkel está derrubando a si mesma", declarou Petry ao canal televisivo Phoenix, acrescentando que se trata de uma derrota pessoal da chanceler. Petry afirmou que a coalizão de governo está "desistindo desse país", em meio às críticas à política de portas abertas aos refugiados adotada pelo governo federal.

Neste domingo, a AfD obteve 20,8% dos votos em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, garantindo presença no legislativo de nove dos 16 estados alemães. A União Democrata Cristã (CDU), com 19% dos votos, sofreu a sua pior derrota no estado, que é a base eleitoral de Merkel.

Deutschland AfD Bundesparteitag in Stuttgart Beatrix von Storch
Beatrix von Storch: "Um número crescente de cidadãos quer uma mudança de rumo"Foto: Reuters/W. Rattay

Para a vice-presidente da AfD Beatrix von Storch, o resultado representa "o começo do fim da era Merkel". "Um número crescente de cidadãos quer uma mudança de rumo", disse à emissora de TV ARD. "É claro que os eleitores estão extremamente insatisfeitos com a política do governo federal."

Alexander Gauland, também vice-presidente da AfD, disse estar convencido de que as críticas dentro da CDU vão aumentar. "A CDU não vai aceitar que continue sendo gradualmente dissolvida pela chanceler. A CDU virou uma casca, esvaziada e dominada por Merkel", afirmou.

Von Storch se declarou convencida de que a AfD vai se estabelecer como o partido à direita da CDU no espectro político alemão por causa das "grandes lacunas na oferta política". "O país precisa urgentemente de uma oposição", afirmou.

Gauland descartou que a AfD vá participar de coalizões de governo, afirmando que o partido é mais forte sozinho. "Vamos continuar fazendo uma oposição de base por muito tempo", declarou o dirigente.

KG/afp/dpa