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Acusado de assédio, ministro britânico renuncia

2 de novembro de 2017

Michael Fallon, chefe da pasta de Defesa, admite ter assediado jornalista, pede desculpas e se afasta do cargo. É a primeira demissão de alto escalão após onda de denúncias geradas pelo caso Weinstein.

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UK - Britischer Verteidigungsminister Michael Fallon tritt zurück
Foto: Reuters/P. Nicholls

O ministro da Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, anunciou nesta quarta-feira (02/11) sua renúncia, após ser acusado de assédio por uma jornalista.

Fallon reconheceu o ocorrido e pediu desculpas por ter colocado a mão sobre o joelho da jornalista Julia Hartley-Brewer repetidamente durante um jantar em 2002.

É a primeira demissão de alto escalão após um crescente número de acusações de comportamento inapropriado feitas contra ministros e parlamentares, impulsionadas por acusações de abuso sexual contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein.

O presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, pediu nesta semana medidas aos partidos britânicos contra o assédio sexual após a revelação de que funcionárias do Parlamento estão preparando uma lista com acusações contra políticos e deputados.

"Diversas acusações sobre parlamentares foram reveladas nos últimos dias, incluindo uma sobre a minha conduta passada. Muitas delas resultaram falsas, mas eu aceito que no passado atuei abaixo dos padrões requeridos nas Forças Armadas que represento", afirmou Fallon em carta à primeira-ministra, a conservadora Theresa May, que viu a decisão com bons olhos.

"Aprecio a forma especialmente séria como considerou a sua posição e o particular exemplo que quer dar aos homens e mulheres militares e a outros", afirmou May.

Após o assédio à jornalista vir à tona, o agora ex-ministro disse na segunda-feira, através de um porta-voz, que havia se desculpado com ela "havia 15 anos" e que ambos "consideram agora um assunto encerrado".

Fallon, que em julho de 2014 sucedeu na pasta ao atual ministro da Economia, Philip Hammond, agradeceu na carta de renúncia pelo "privilégio" de ter ocupado o cargo. Deputado pelo distrito de Sevenoaks (no sudeste da Inglaterra) desde 1997, ele disse que continuará "apoiando o governo" e "trabalhando duro" pelos eleitores de sua região. 

RPR/efe/ots

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