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A relação da Bauhaus com o regime nazista

Andrea Horakh
23 de janeiro de 2019

[Vídeo] Em 1933, os nazistas chegam ao poder e fecham a Bauhaus. Ainda assim, se desenvolve uma relação contraditória entre o regime e alguns integrantes da Bauhaus – uma parte da história que muitos preferem esquecer.

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A frase na entrada do campo de concentração Buchenwald foi confeccionada pelo prisioneiro e ex-aluno da Bauhaus Franz Ehrlich. Jedem das Seine, "a cada um o seu" - escrito em estilo e fonte Bauhaus. Isso apesar de o regime nazista ter forçado o fechamento da escola em 1933.

Na propaganda oficial, o nazismo rejeitava a Bauhaus completamente por estar associada a tudo que o regime nazista considerasse negativo, como o marxismo, por exemplo. Mas por trás do discurso oficial, a história era outra: os dirigentes nazistas reconheciam a funcionalidade da Bauhaus, e souberam se valer dos preceitos objetivos da escola.

Herbert Bayer é um dos grandes nomes da Bauhaus, criador do projeto gráfico que até hoje marca a assinatura da famosa escola. A partir de 1933, ele começa a desenhar para a propaganda nazista. Trabalha no design de catálogos e exposições que celebram a ideologia e o ódio racial do regime de Hitler.

E a lenda da Bauhaus, Mies van der Rohe, não foi uma exceção. Em 1934, ele se une à Câmara da Cultura do Reich. Apoia Hitler, participa de exposições nazistas e segue simplesmente construindo - sem se importar para quem. Já em 1938, desiludido, migra para os Estados Unidos e lá projeta edifícios icônicos como o Seagram Building. Mies van der Rohe se torna um arquiteto famoso – e seu passado na Alemanha nazista é esquecido.