1925: Ministro alemão apresenta pacto de segurança
Publicado 9 de fevereiro de 2016Última atualização 9 de fevereiro de 2021Derrotada na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha enfrentava uma situação delicada na década de 1920. O ministro alemão do Exterior, Gustav Stresemann, no cargo desde 1923, defendia a necessidade de a política alemã fazer concessões para reconquistar a credibilidade perdida no cenário internacional. Os conservadores eram contra.
Nesse contexto, justifica-se a tática de Stresemann, que em 9 de fevereiro de 1925 apresentou – sem que o chanceler e seus ministros soubessem – os contornos de um plano de paz em que a Alemanha fazia concessões territoriais à França e à Bélgica. O plano fez tanto sucesso que foi englobado no Tratado de Locarno, assinado alguns meses mais tarde. Depois da ousadia, Stresemann passou a ser visto no país como traidor.
A filosofia do monarquista irresoluto, que demorou para se adaptar ao sistema republicano, era equiparar os direitos da Alemanha aos das grandes potências. Há muito, Stresemann havia percebido que estava ultrapassada a tática das anexações para garantir poder. A fórmula moderna de segurança fundamentava-se na cooperação política e econômica.
A iniciativa de Stresemann foi tão bem-sucedida que os ministros do Exterior dos países europeus marcaram uma conferência especial em Locarno, na Suíça, de 5 a 16 de outubro de 1925, para analisar sua sugestão. Lá acertaram os detalhes do pacto de segurança, que garantia a inviolabilidade de fronteiras e do Convênio Arbitral com a Polônia e a então Tchecoslováquia, sem, entretanto, fixar novas fronteiras.