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Com o apito

11 de junho de 2010

Juiz de 40 anos de idade será o único alemão a apitar na África do Sul. Ele conta como foi a preparação física para acompanhar os maiores craques do planeta. Seus auxiliares serão Jan-Hendrik Salver e Mike Pickel.

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Wolfgang Stark representa a arbitragem alemã na CopaFoto: AP

Aos 40 anos, o árbitro alemão Wolfgang Stark vai fazer na África do Sul sua primeira Copa do Mundo. Ao lado dos auxiliares Jan-Hendrik Salver e Mike Pickel, ele está escalado para o jogo deste sábado (12/06) entre Argentina e Nigéria, válido pelo Grupo B. Este é o único trio de arbitragem da Alemanha na Copa de 2010.

É o auge de uma longa carreira: Stark começou a apitar na Segunda Divisão em 1994, na Bundesliga em 1997 e se tornou árbitro da Fifa em 1999. Depois de tanta espera, ele não esconde a ansiedade.

"A felicidade impera agora que a hora finalmente chegou. Tivemos um programa muito, muito duro e longo junto com os assistentes e é claro que ficamos contentes ao embarcar rumo à África do Sul", disse o árbitro.

Em forma para a Copa

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A veloz seleção argentina está na estreia de StarkFoto: AP

O bancário de 1,90m da pequena cidade de Ergolding, na Baviera, está em plena forma física. Esta é uma exigência para quem precisa acompanhar atletas de alta velocidade como Lionel Messi, que estará em campo neste sábado.

"Quando se observam as últimas duas ou três Copas do Mundo, se percebe que os jogadores ficaram cada vez mais rápidos, mais atléticos, e acho que em 2010 os jogadores vão ter evoluído mais ainda em comparação com 2006", avaliou.

E a Fifa sabe muito bem da necessidade de manter os árbitros em plena forma física e técnica. Por isto, todos os que foram escalados para o torneio passaram por uma preparação longa e rigorosa.

"O novo programa de preparação para a Copa do Mundo começou em fevereiro de 2007 com alguns cursos e com os mundiais sub-17 e sub-20. Também estive presente na Copa das Confederações e nos Jogos Olímpicos. Em nossa nova plataforma de internet, desenvolvida pela Fifa, temos também que resolver algumas tarefas. Avaliações de rendimento no frequencímetro, por onde o nosso treinamento como um todo é supervisionado e interpretado. É um grande programa ", contou.

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Árbitro alemão não se incomoda com vuvuzelasFoto: picture alliance/augenklick/GES

Torcer contra, jamais

Todo árbitro sonha em apitar as finais de uma Copa do Mundo? Não necessariamente. O regulamento diz que se uma seleção se classifica para as semifinais, o trio de arbitragem daquele país tem de voltar para casa.

"Quem gosta de futebol acaba torcendo junto (para a seleção). É claro que, se a Alemanha for bem longe, os árbitros alemães caem fora. Mas isto não está em nossas mãos. Nós temos que prestar atenção ao nosso próprio trabalho e depois ver o que acontece", declarou.

A favor das vuvuzelas

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Stark ao expulsar Lens Lehmann, nº 1 do Stuttgart, em jogo contra o Mainz em dezembro de 2009Foto: AP

O árbitro também evita entrar em polêmica com os sul-africanos. As vuvuzelas, barulhentas cornetas que os torcedores do país gostam de tocar nos estádios, foram bastante criticadas, sobretudo na Europa, porque dificultariam a comunicação dentro das quatro linhas. Mas Stark não se preocupa com esta questão.

"Nos falta justamente a experiência. Precisamos tentar. Até agora, deu certo o tempo todo. Em caso de emergência, a gente sopra o apito um pouquinho mais forte", relevou.

Elogios da DFB

A Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão) confia no trabalho do trio que foi para a África do Sul para representar a arbitragem do país. Afinal, a comissão de árbitros da federação elegeu Stark árbitro do ano de 2010.

"Na última temporada, Stark mostrou uma performance muito boa em jogos difíceis da Bundesliga e também no plano europeu, por isso foi justa sua nomeação pela FIFA para a Copa de 2010", elogiou Herbert Fandel, presidente da comissão de arbitragem da DFB.

Autores: Taufig Khalil / Tadeu Meniconi

Revisão: Roselaine Wandscheer