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União Europeia retoma cooperação com Guiné-Bissau

Braima Darame (Bissau) / Lusa2 de fevereiro de 2015

A União Europeia (UE) iniciou uma nova era de cooperação com o Governo da Guiné-Bissau. Para o próximo dia 26 de março, em Bruxelas, foi anunciada a realização de uma mesa redonda de doadores internacionais.

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Domingos Simões Pereira (esq.), primeiro-ministro guineense, num encontro com a Comissão Europeia em julho de 2014Foto: EU 2014

A consolidação da democracia e do Estado de Direito, o respeito pelos direitos humanos e a boa governação são as linhas mestras da nova era de cooperação entre a UE e o Governo guineense.

Bruxelas suspendeu as relações institucionais com Bissau na sequência do golpe militar de 2012. Após as eleições de 2014 e com o restabelecimento da ordem constitucional, a UE considera que já estão reunidas as condições para poder apoiar o país nos seus esforços de desenvolvimento a longo prazo através do Fundo Europeu de Desenvolvimento e outros mecanismos de financiamento.

"A União Europeia está fortemente empenhada em ajudar a Guiné-Bissau, sobretudo em ajudar o povo da Guiné-Bissau a desenvolver-se e numa integração cada vez mais forte na economia mundial, em paridade com os outros países da região", anunciou o diplomata Vítor Madeira dos Santos, o novo representante residente da UE na Guiné-Bissau.

Para o bloco, o país continua a enfrentar importantes desafios, nomeadamente na área do sector de segurança, da justiça, do desenvolvimento socioeconómico e de combate aos tráficos ilegais, e vive atualmente uma oportunidade única para avançar na direção da consolidação da democracia, estabilidade e desenvolvimento.

Importante acordo de pescas

A UE assinou já com o novo Governo "um dos melhores acordos" no domínio das pescas, pelas vantagens que vai trazer de parte a parte, considerou o diretor-geral da Pesca Industrial guineense, Sebastião Vieira.

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O acordo vai permitir à Guiné-Bissau receber 9,2 milhões de euros por ano: 6,2 milhões de euros irão para o tesouro público e três milhões de euros para o desenvolvimento do setor pesqueiro.

Segundo o secretário de Estado das Pescas, Ildefonso de Barros, parte substancial da parcela de três milhões destina-se à construção de infraestruturas e aquisição de equipamentos de pesca para permitir a "integração de armadores europeus".

Sobre os apoios concretos, sabe-se apenas que a contribuição financeira da UE será conhecida na mesa redonda de doadores que as autoridades da Guiné-Bissau realizam no próximo dia 26 de março, na capital da Bélgica, Bruxelas.

Fischer in Mauretanien
Acordo no setor das pescas permitirá à Guiné-Bissau receber 9,2 milhões de euros por anoFoto: DW
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