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UNITA denuncia alegadas detenções arbitrárias no Rivungo

Adolfo Guerra (Menongue)
2 de agosto de 2021

Dirigente da UNITA diz que episódios de detenção arbitrária estão a ocorrer no município do Rivungo. Polícia Nacional afirma que detenções decorrem de atos de desacato e desrespeito ao decreto de calamidade pública.

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Angola Rivungo | Unita-Zentrale in Cuando Cubang
Sede da UNITA no Cuando CubangoFoto: Adolfo Guerra/DW

Apesar da paz há duas décadas, o que parece em alguns pontos de Angola - do Cuando Cubango em especial - é que o povo não desfruta da mesma. A afirmação é de Geraldo Satchipengo Nunda, secretário municipal da União Nacional para independência Total de Angola (UNITA) no Rivungo.  

Nunda denunciou à DW África que militantes do partido têm sofrido violência ao manifestarem-se politicamente na comuna da Jamba. O dirigente do partido disse que a intolerância política naquele município é marcada por detenções arbitrárias por parte da polícia. 

"Quando o partido lá realiza uma atividade, polícias tentam mesmo intimidar. Recentemente, o nosso secretário responsável pela organização da comuna da Jamba esteve detido pelo facto mesmo de realizar as comemorações da JURA (braço Juvenil da UNITA)”.

Angola Rivungo | Unita-Leiter in Cuando Cubang
Nunda denunciou supostas detenções arbitráriasFoto: Adolfo Guerra/DW

O que diz a polícia? 

O comandante municipal adjunto da Polícia Nacional no Rivungo, intendente Loty Kassinda Balança, confirma que detenções ocorreram durante o evento citado por Nunda porque atividade teve música até ao dia seguinte, o que violaria o decreto de calamidade pública em vigor. 

"Por isso, no dia seguinte, o comandante comunal da Polícia Nacional na Jamba notificou o responsável daquele partido”, explica. 

O policial acrescenta que o responsável do partido apareceu na esquadra com outros integrantes da UNITA. "Fizeram confusão, mas a policia conseguiu apaziguar a situação. Por ter de prestar declarações, ele ficou detido por alguns dias. Aquilo não deixa de ser desacato”, explica. 

Balança afirmou que a sua corporação impediu as actividades da UNITA naquele município por falta de comunicação do partido. "Não remete nenhum documento às instituições. As pessoas, quando dão-se conta, o evento já está a realizar-se. Isto não é correto”, explica. 

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