União Europeia investiu 600 ME no Corredor do Lobito
30 de novembro de 2024"A UE está a apoiar veementemente o Corredor do Lobito, uma infraestrutura crucial que vai melhorar as possibilidades de exportação para a Zâmbia, Angola e República Democrática do Congo, aumentar a circulação de bens e promover a circulação de cidadãos”, disse à Lusa fonte do executivo comunitário.
A mesma fonte acrescentou que a UE investiu “cerca de 600 milhões de euros” neste projeto e que o investimento faz parte da “abordagem 360 graus” da União Europeia.
“Para acelerar o desenvolvimento do Corredor do Lobito, a UE, junto com os países [do bloco comunitário], sob a Equipe Europa, está trabalhando para uma abordagem mais abrangente [...], que incluiu a valorização das cadeias de valor agrícolas, matérias-primas críticas, produção de energia renovável e sua transmissão, educação e habilidades”, acrescentou uma fonte da Comissão Europeia.
Deste modo, a UE espera auxiliar os três países de África a “desbloquearem a totalidade do seu potencial”, assim como na “diversificação econômica” e a criação de empregos.
A União Europeia estratificou a cooperação neste corredor em três áreas: investimento em infraestrutura de transporte; medidas para facilitar o comércio, desenvolvimento econômico e trânsito; apoiar a longo prazo o investimento nesses países para um “crescimento econômico sustentável e inclusivo”.
A conclusão do Corredor do Lobito também possibilitará as trocas comerciais entre Europa, Ásia e o resto da África, admitiu fonte da Comissão Europeia.
Em maio de 2023, a Comissão Europeia assinou um acordo de cooperação com os três países (Angola, Zâmbia e República Democrática do Congo) para auxiliar o investimento e desenvolvimento do Corredor do Lobito, que conecta Kabwe, na Zâmbia, a Lobito, em Angola.
O corredor deverá passar por um total de 16 localidades, entre os três países.
O Corredor do Lobito é o primeiro corredor econômico estratégico lançado sob a égide da Parceria para Infraestrutura e Investimento Global do G7 (PGI), em maio de 2023, que foi seguida pela assinatura de uma declaração conjunta entre a União Europeia e os Estados Unidos Estados, à margem da Cúpula do G20 de setembro de 2023 em Nova Delhi, em apoio ao desenvolvimento de infraestrutura.
Já em setembro deste ano foi assinado um acordo colocando a AFC como promotora principal do projeto que vai ligar os três países africanos.
A linha férrea a ser recuperada e estendida deve criar benefícios econômicos de aproximadamente três bilhões de dólares (cerca de 2,7 bilhões de euros) para os países e criar mais de 1.250 empregos durante sua construção e operações , aponta-se ainda no texto apresentado em Nova York, à margem da Cúpula do Futuro.