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EducaçãoSão Tomé e Príncipe

São Tomé: Professores iniciam greve por tempo indeterminado

Lusa
2 de fevereiro de 2021

Professores de São Tomé e Príncipe iniciam hoje uma greve para reivindicar aumentos salariais, entre outras exigências. Governo acusa sindicatos de convocar paralisação das aulas enquanto decorriam negociações.

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Foto: Ramusel Graca/DW

A paralisação foi convocada pelos três sindicatos de docentes são-tomenses. Uma das principais reivindicações dos professores é o aumento em mais de 80% do salário base praticado pelo Ministério da Educação.

A passagem ao quadro de alguns professores, a promoção de outros que estão há vários anos dentro do sistema educativo e a melhoria das condições materiais também estão incluídos no pacote de exigências.

"Os delegados sindicais, em representação da classe docente, acharam por bem suspender as suas funções laborais, em função do pré-aviso da greve que tinha sido remetido ao Governo, até que sejam clarificados os resultados dos encontros tidos", disse esta segunda-feira (01.02) o líder do Sindicato dos Professores de São Tomé e Príncipe (Sinprestp), Gastão Ferreira, no final de uma reunião dos delegados sindicais.

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O país tem mais de três mil docentes e a paralisação vai abranger todos os níveis, incluindo o pré-escolar, garante Gastão Ferreira. "Todos os níveis de ensino estarão paralisados" a partir desta terça-feira, garantiu o líder do sindicato, manifestando no entanto "total abertura" da organização para continuar a negociar com o governo.

"Gostaríamos de deixar total abertura para a continuidade da nossa negociação para a suspensão da greve, mas até lá, vamos manter firme essa luta que estamos a travar", explicou a jornalistas.

Governo considera greve "ilegal"

Em comunicado, o Governo acusou os sindicatos de partirem para a greve enquanto decorrem as negociações. O executivo considera a realização desta greve "ilegal" e acusa também os representantes sindicais de "má-fé" e comportamento "pouco ordeiro", pretendendo "a todo o custo prejudicar os alunos, colegas e a população deste país".

"As negociações estão em curso, tendo sido submetido aos sindicatos um memorando de entendimento entre o Ministério da Educação e Ensino Superior, o Ministério do Planeamento, Finanças e Economia Azul e o Sinprestep, relativo a uma versão atualizada da grelha a contemplar a garantia do aumento de salário de base, subsídio de docência e conservação de todos os subsídios que a classe vinha recebendo", diz o comunicado.

"Enquanto o Governo esperava pela continuidade das negociações, o Sinprestep extremou a sua posição, decretando o início da greve para terça-feira, sem que houvesse pelo menos um tempo mínimo de uma semana para acertos finais", acrescenta o Ministério da Educação.

O Governo "condena veementemente a atitude retrógada" dos líderes do sindicato dos professores e apela aos pais e encarregados de educação para que enviem os seus filhos para as escolas.

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