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Estado de DireitoÁfrica

Acusado de matar procurador é "recapturado na cadeia"

Lusa
22 de setembro de 2020

Arguido estava registado há quatro anos como foragido por envolvimento no assassinato do procurador Marcelino Vilanculos. Autoridades o encontraram numa cadeia com nome falso, cumprindo pena por outro crime.

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Symbolbild Guantanamo
Foto: picture-alliance/dpa/M. Shephard

Um arguido procurado há quatro anos pela justiça moçambicana por alegado envolvimento no homicídio de um procurador foi recapturado numa cadeia do centro do país com uma identidade falsa e a cumprir pena por outro crime, anunciaram as autoridades.

Em comunicado a que a Lusa teve hoje acesso, o Serviço Nacional das Prisões (Sernap) de Moçambique avança que Abdul Afonso Tembe foi recapturado no Estabelecimento Penitenciário Regional do Centro, na província de Manica, ostentando o nome de Lúcio António Ferreira.

Abdul Afonso Tembe cumpria uma pena de 12 anos e dois meses de prisão a que foi condenado por roubo qualificado, associação para delinquir e posse de armas proibidas.

"O Serviço Nacional Penitenciário, em coordenação com os demais órgãos de administração de justiça, vinham desenvolvendo ações de busca e recaptura do foragido, o que culminou com a confirmação de que o réu Lúcio António Ferreira é o mesmo que responde pelo nome de Abdul Afonso Tembe, supostamente envolvido no assassinato do procurador da República Marcelino Vilanculos", refere a nota.

O comunicado avança que o arguido foi transferido para a província de Maputo, onde deve responder pelo seu alegado envolvimento na morte do magistrado. O arguido fugiu da cadeia na província de Maputo no dia 24 de outubro de 2016, deixando pendentes "os autos de instrução preparatória" abertos na sequência do homicídio de Marcelino Vilanculos.

Relembre o caso 

Marcelino Vilanculos foi assassinado a tiro em Maputo em abril de 2016, quando se dirigia de carro para a sua casa nos arredores da capital. A cargo do procurador estavam investigações em torno da onda de raptos que acometeu o país na primeira metade da década.

Em 2014, Diniz Silica, um juiz que tinha em mãos processos relacionados com a onda de raptos em Maputo, foi morto a tiros por em plena luz do dia na capital moçambicana. Maputo foi assolada por uma onda de raptos desde 2012. Dezenas de pessoas foram vítimas desse tipo de crime.