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Sistemas de saúde da África Ocidental têm de ser reforçados

Lusa | EFE | tms
16 de setembro de 2017

África Ocidental registou quase dois mil focos epidémicos nos últimos 40 anos. O último - e um dos mais graves - foi o do vírus ébola. Organização da Saúde da África Ocidental defende mais investimentos para a região.

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Ébola provocou mais de 11 mil mortos desde 2013 na África Ocidental (Foto: Guiné, 2014)Foto: K. Tribouillard/AFP/Getty Images

Os sistemas de saúde da África Ocidental precisam ser reforçados para evitar a expansão de doenças, defende o diretor da Organização da Saúde daquela região, Xavier Crespin.

Nos últimos 40 anos, houve mais de 1.700 focos epidémicos na África Ocidental, dos quais o último e um dos mais graves foi o do vírus ébola.

"Parece que a comunidade internacional espera que haja crises para se manifestar sobre o terreno, o que não é normal", afirma Xavier Crespin, em entrevista à agência EFE.    

"Não é preciso esperar pelas crises nem pelas urgências. É preciso ir ao essencial, que é reforçar os sistemas de saúde, que são muito frágeis em determinados países devido à falta de financiamento e de pessoal e ao insuficiente envolvimento das comunidades locais na tomada de decisões", acrescenta Crespin, médico nigeriano que dirige o organismo que coordena os ministérios da saúde de uma das regiões mais pobres do mundo. 

Epidemia

Além de ter dizimado os precários sistemas de saúde da Guiné, Libéria e Serra Leoa, a epidemia do vírus do ébola provocou mais de 11 mil mortos. 

"A crise do ébola demonstra a debilidade dos nossos sistemas de saúde. Para se mostrar que se é filantropo a sério é necessário ir ajudar agora, sem crise, para construir um sistema de saúde sólido, resistente aos choques epidémicos que existem na nossa região", defende Xavier Crespin. 

Crespin diz ainda que durante a crise do Ébola "chegaram milhares de pessoas para ajudar e milhares de milhões de dólares, mas uma vez terminada a epidemia os hospitais de campanha foram desmontados e os nossos hospitais ficaram dizimados, sem pessoal e, de novo, sem capacidade de resposta".