1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Rússia diz que armamento para a Ucrânia é alvo "legítimo"

EFE | Lusa
18 de março de 2022

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta sexta-feira (18.03.) que os carregamentos de armas que chegam à Ucrânia serão considerados alvos "legítimos" de ataques.

https://p.dw.com/p/48gKZ
US-Panzer Symbolbild Waffenhandel
Foto ilustrativaFoto: Andreea Alexandru/AP/dpa/picture alliance

"Demos a entender de uma forma muito clara, que todos os carregamentos que chegam à Ucrânia e comboios que, na nossa opinião, transportam armamento, serão alvos legítimos", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, em entrevista à emissora russa de televisão "RT".

Sergey Lavrov destacou que a chamada pelo Kremlin de "operação militar especial" na Ucrânia visa, exatamente, "eliminar qualquer ameaça" que possa afetar a Rússia.

Além disso, Lavrov apontou que o objetivo é "proteger a população civil" do Donbas, que, segundo o ministro, "sofreu ataques durante oito anos".

O ministro garantiu que, cedo ou tarde, a atual situação, que classificou como "anômala", entre Rússia e Ucrânia, chegará ao fim, mas completou que o Ocidente impedirá uma rápida normalização dos laços entre os dois países.

"Tentaram converter a Ucrânia numa anti-Rússia, usando vários instrumentos", acusa Lavrov. 

Türkei | Treffen Sergei Lawrow und Dmytro Kuleba in Antalya
Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da RússiaFoto: REUTERS

Novos ataques

Entretanto, os civis continuam a ser atingidos. Pelo menos uma pessoa morreu e outras 19 ficaram feridas, incluindo crianças, num bombardeamento russo com foguetes de artilharia sobre uma zona residencial de Kiev, disse esta sexta-feira (18.03) o presidente da câmara da capital ucraniana, Vitali Klitschko. 

De acordo com uma mensagem difundida pelo autarca na rede social Telegram, os bombardeamentos afetaram Podil, uma zona residencial.

"O inimigo continua a atacar a capital. De manhã, bombardearam uma zona residencial no distrito de Podil. Uma pessoa morreu, 19 ficaram feridas, incluindo quatro crianças. Seis casas, um jardim infantil e uma escola ficaram danificadas", disse Klitschko. 

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de 5,2 milhões de pessoas, mais de 3,1 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).  

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou, até à data, pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos entre a população civil, incluindo várias dezenas de crianças. 
  
 

Civis temem uma guerra na Ucrânia