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RDC: Novo ataque em Beni faz seis vítimas mortais

Lusa | AFP | AP
14 de dezembro de 2019

Seis civis foram mortos no mais recente ataque na região onde o exército da RDC instalou o seu estado-maior para lutar contra grupos armados. Autoridades alertam para retrocessos no combate ao ébola devido à violência.

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Soldados apagam incêndios causados por manifestantes em fúria com a mais recente onda de ataques em Beni.Foto: DW/J. Kanyunyu

Um bebé e uma mulher grávida estão entre as vítimas do mais recente ataque em Beni, que decorreu na noite passada e foi atribuído ao grupo armado Forças Democráticas Aliadas (ADF), indicaram fontes militares e testemunhas. 

O grupo "atacou com catanas e balas. Registámos seis mortos, incluindo um bebé de um ano", declarou à agência de notícias France Presse o procurador militar, coronel Kumbu Ngoma. 

Na sexta-feira (13.12) à noite foram ouvidas detonações de armas pesadas em Beni, uma região com mais de 200 mil habitantes.

O exército da RDC lançou no passado dia 30 de outubro uma operação contra o bastião das ADF e os 'capacetes azuis' presentes na região juntaram-se à operação no final de novembro. Em retaliação, membros do grupo, considerado dos mais violentos do leste do país, mataram pelo menos 150 civis.

As autoridades congolesas afirmaram ter "neutralizado" quatro dos 10 principais comandantes das ADF e ter dominado algumas bases do grupo nas imediações de Beni.

A recente onda de violência levou alguns residentes a protestar de forma violenta contra a falta de proteção aos civis. No mês passado, manifestantes invadiram a base da missão de paz das Nações Unidas em Beni.

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Pacientes em isolamento na RDC.Foto: picture-alliance/dpa/J. Delay

No epicentro do ébola

As autoridades congolesas afirmaram, entretanto, que o agravamento da violência na região abriu caminho ao alastramento do vírus – um novo retrocesso no surto que já conta 16 meses.

Este sábado, Jean-Jacques Muyembe, que lidera a resposta ao ébola na RDC, disse aos jornalistas que se observou nos últimos meses um novo pico no número de casos, na sequência da violência região. Registaram-se 34 novos casos entre 29 de novembro e 11 de dezembro, segundo Muyembe.

No mês passado, quatro profissionais de saúde a trabalhar no combate ao ébola foram mortos num ataque.

Na sexta-feira, o Presidente Felix Tshisekedi prometeu fazer tudo o que for possível para travar a ADF e outros grupos armados a operar na região há vários anos. "A nossa determinação para os erradicar é total e inabalável”, afirmou, no seu discurso sobre o Estado da Nação.

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