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Benjamin Netanyahu quer fortalecer relações com África

Alex Gitta / cvt / DPA5 de julho de 2016

À chegada ao Uganda, Benjamin Netanyahu anunciou "uma nova era" nas relações com o continente africano. Esta é a primeira visita de um primeiro-ministro de Israel à África subsaariana em mais de 20 anos.

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Benjamin Netanyahu (esq.) foi recebido pelo Presidente ugandês, Yoweri Museveni, no Aeroporto de EntebbeFoto: Reuters/Presidential Press Unit

Na segunda-feira (04.07), primeiro dia do seu périplo pelo continente africano, o chefe de Estado israelita visitou o Aeroporto Internacional de Entebbe, em Kamapla, capital do Uganda, local em que o seu irmão, Yonatan Netanyahu, foi morto em 1976 ao liderar uma ação para libertar os passageiros a bordo de um avião sequestrado.

No seu discurso, Benjamin Netanyahu disse que a morte do irmão mudou o rumo e o propósito de sua vida e que o ataque a Entebbe ajudou na ascensão de Israel contra a brutalidade.

"Durante séculos, fomos assassinados aos milhões. A ascensão de Israel mudou tudo isso. O país defendeu-se de inimigos comprometidos com a nossa destruição", sublinhou. "Mas talvez tenha sido em Entebbe que esta transformação fundamental foi mais dramaticamente vista pelo mundo. Deixamos de ser impotentes".

Depois, Netanyahu participou num econtro na residência do Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, em Entebbe.

Unidos contra o terrorismo

Seis países africanos, Uganda, Quénia, Zâmbia, Sudão do Sul, Ruanda e Etiópia, comprometeram-se a cooperar com Israel contra o terrorismo internacional.

Uganda Entebbe Statue für Yonatan Netanjahu
Estátua em homenagem a Yonatan Netanjahu, o irmão do primeiro-ministro israelita que morreu há 40 anos numa operação em EntebbeFoto: Reuters/J. Akena

"Nada justifica o terrorismo. Nada justifica o assassinato deliberado de inocentes", disse Netanyahu, que instou o mundo a dar as mãos contra o terror. "Temos de condenar todos os atos de terrorismo sejam eles perpetrados em Paris ou Bruxelas, em Orlando ou San Bernardino, em Tunis ou Nairobi, para derrotar o terror e para assegurar o nosso futuro comum".

O Presidente ugandês, Yoweri Museveni, convidou Israel a investir no continente, mas tocou num tema sensível: defendeu uma solução dos dois Estados para resolver a questão entre Israel e Palestina.

"A única maneira é os dois países concordarem em viver lado a lado, em dois Estados - um judeu e outro árabe - em paz e com fronteiras reconhecidas", disse.

Continente de oportunidades

"África é um continente em ascensão e Israel espera estreitar os laços com todos os seus países declarou Benjamin Netanyahu, confessando-se "orgulhoso" por ser o primeiro chefe do Governo de Israel a visitar a África subsariana em mais de 20 anos. "África é um continente de oportunidades com o qual Israel está pronto para trabalhar em conjunto", sublinhou.

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Depois de muitas décadas, acrescentou o chefe do governo, "posso dizer de forma inequívoca que Israel está a voltar para África e África está a voltar para Israel. Os nossos povos irão beneficiar enormemente com a nossa crescente parceria".

Israel destinou cerca de 12 milhões de euros em ajuda para África, para reforçar os setores da segurança e da saúde.

O primeiro-ministro de Israel viaja acompanhado por perto de 80 homens de negócios de mais de 50 empresas que procuram laços comerciais em África. Do Uganda, Benjamin Netanyahu seguiu para o Quénia e irá visitar também o Ruanda e a Etiópia.