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Presidente de Moçambique garante compromisso com a paz

Lusa | gs
10 de fevereiro de 2017

Filipe Nyusi adiantou, esta quinta-feira (09.02), que vão começar em breve os trabalhos dos novos grupos criados para discutir a descentralização e assuntos militares, nas negociações entre Governo e RENAMO.

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Foto: DW/B. Jequete

"Temos que tudo fazer para o restabelecimento da paz", disse o Presidente de Moçambique. Um processo que "exige diferentes etapas", acrescentou Filipe Nyusi à margem de uma cerimónia de saudação por ocasião do seu aniversário, esta quinta-feira (09.02).

"Estivemos em contactos [esta quinta-feira] para ver como o processo se inicia", detalhou o Presidente moçambicano. Nyusi disse ainda que ninguém se deve sentir excluído do processo de restauração da paz.

O chefe de Estado e o líder da principal força da oposição, RENAMO, Afonso Dhlakama, designaram, na segunda-feira (06.02), os seus representantes nos dois grupos de trabalho que, em separado, vão discutir a descentralização e os assuntos militares, os principais temas da agenda negocial.

O que acontece depois de, na semana passada, ter sido anunciado o fim da fase das negociações com mediadores internacionais, que não chegou a qualquer consenso sobre os principais pontos de agenda.

FRELIMO aplaude vontade de discutir internamente

A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), no poder desde a independência do país, saudou a aposta numa solução interna para o fim do conflito.

Mosambik Friedensverhandlungen in Maputo
Os mediadores chegaram a Moçambique em julho de 2016 e foram dispensados em fevereiro de 2017, sem terem conseguido alcançar um consenso entre as partesFoto: DW/L. Matias

"A cessação temporária das hostilidades militares, recentemente alcançada, e a introdução de novos termos de diálogo, focalizados nas soluções internas, revelam a capacidade que temos, como moçambicanos, de resolvermos os nossos problemas", pode ler-se num comunicado da Comissão Política da FRELIMO, divulgado esta sexta-feira (10.02).

Mesmo assim, o partido no poder deixou uma palavra de "gratidão aos mediadores internacionais pelo contributo que deram no processo do diálogo".

Em finais de dezembro, depois de contactos telefónicos com o Presidente Nyusi, o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, declarou uma trégua de uma semana como "gesto de boa vontade". Prolongou-a depois por mais 60 dias - ainda em vigor - para dar espaço às negociações.

Os dois novos grupos de trabalho, da RENAMO e Governo, deverão dar continuidade ao trabalho iniciado no processo negocial anterior. A agenda de negociações tem como principais tópicos o pacote de descentralização, a cessação de hostilidades, a despartidarização das Forças de Defesa e Segurança, o desarmamento do braço armado da RENAMO e a sua reintegração na vida civil.

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