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PR da Guiné-Bissau nomeia Sandji Fati ministro do Interior

Lusa
28 de outubro de 2022

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, nomeou o general Sandji Fati ministro do Interior e extinguiu a secretaria de Estado da Ordem Pública, segundo três decretos presidenciais divulgados à imprensa.

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Guinea Bissau Wahlen Wahl-Kampagne
Foto: AFP

No primeiro decreto, o Presidente guineense exonera de funções, sob proposta do primeiro-ministro, o atual ministro do Interior, Botche Candé, o ministro da Agricultura, Sandji Fati, e o secretário de Estado da Ordem Pública, Fernando Augusto Cabi.

No segundo decreto, Umaro Sissoco Embalo extingue a secretaria de Estado da Ordem Pública, enquanto no terceiro decreto nomeia Sandji Fati ministro do Interior e Botche Candé, ministro de Estado, da Agricultura e do Desenvolvimento. O general Sandji Fati foi até maio deste ano ministro da Defesa da Guiné-Bissau.

Há vários meses que as organizações da sociedade civil guineense têm vindo a pedir a demissão de Botche Candé do cargo de ministro do Interior, a última das quais a semana passada.

Em comunicado divulgado à imprensa a semana passada, o Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil exortou o "Presidente da República no sentido de demitir imediatamente o ministro do Interior e o procurador-geral da República, permitindo às autoridades judiciárias investigar com maior transparência, o suposto envolvimento dos mesmo no tão propalado caso de tráfico de droga". Em causa está um alegado desvio de cocaína por funcionários do Ministério do Interior.

Guinea-Bissau Botche Candé, Ex-Innenminister
Botche Candé nomeado ministro de Estado, da Agricultura e do DesenvolvimentoFoto: DW/F. Tchumá

A cocaína foi apreendida em setembro pelo departamento da informação policial e investigação criminal da Polícia de Ordem Pública.

Segundo a sociedade civil, foram divulgados "áudios e relatórios de investigações comprometedoras nas redes sociais, sobre as redes criminosas de tráfico de drogas na Guiné-Bissau, com o suposto envolvimento das mais altas hierarquias do Ministério do Interior e da Procuradoria-Geral da República".

No comunicado, a sociedade civil alerta também o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, para as "graves repercussões da sua inação perante aquele triste e vergonhoso caso, na imagem e reputação da Guiné-Bissau no concerto das nações".

A Procuradoria-Geral da República afirmou, a semana passada, que "nenhuma manobra de diversão de organizações criminosas que viram os seus interesses tocados, com a apreensão da referida droga, vai pôr em causa a determinação do Ministério Público na luta contra o tráfico de droga".

Em declarações aos jornalistas, também a semana passada, o primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam, afirmou que o Governo tem todo o interesse em ver o caso esclarecido.

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