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Prémio Ibrahim 2016 voltou a não ter um vencedor

Lusa | ar
28 de fevereiro de 2017

O prémio Ibrahim para a Excelência na Liderança Africana de 2016 voltou a não ter um vencedor, anunciou em Londres o Comité responsável pela escolha, que vincou que a decisão foi tomada após "criteriosa ponderação".

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"Tal como sublinho todos os anos, foi deliberadamente estabelecida uma fasquia muito alta aquando do lançamento do Prémio em 2006. Reconhecemos e aplaudimos os importantes contributos que muitos líderes africanos deram para a mudança positiva nos seus países. Porém, o prémio visa distinguir e celebrar a liderança verdadeiramente excecional, o que, por definição, é invulgar", justificou esta terça-feira (28.02) o presidente do coletivo, Salim Ahmed Salim.

Todos os anos são candidatos ao prémio ex-chefes de Estado ou de governo africanos que cessaram funções nos três últimos anos civis (neste caso, entre 2014 e 2016) após terem sido democraticamente eleitos e cumprido o seu mandato de acordo com a constituição do país.

Prémio Ibrahim atribuído quatro vezes desde 2006

O prémio foi lançado em 2006, mas até agora só foi atribuído quatro vezes, duas das quais a antigos chefes de Estado lusófonos: Joaquim Chissano, de Moçambique, em 2007, e Pedro Pires, de Cabo Verde, em 2011.Festus Mogae, do Botsuana (2008), e Hifikepunye Pohamba, da Namíbia (2014), foram os dois outros laureados, enquanto Nelson Mandela foi distinguido como vencedor honorário inaugural, em 2007.

Mosambik Ex-Präsident Joaquim Chissano
Ex-Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano - Prémio Ibrahim 2007Foto: imago/GlobalImagens/V. Rios

No júri fazem parte Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Aïcha Diallo, ex-ministra da Educação da Guiné, Martti Ahttisaari, ex-presidente da Finlândia, Mohamed ElBaradei, antigo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson, e Festus Mogae.Criado pela Fundação Mo Ibrahim, financiada pelo empresário sudanês com o mesmo nome, o prémio pretende oferecer segurança monetária a dirigentes africanos que abandonem o poder.

Pedro Pires
Ex-Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires - Prémio Ibrahim 2011Foto: AP

O valor do prémio, no valor total de cinco milhões de dólares norte-americanos (4,72 milhões de euros no câmbio atual), é distribuído durante dez anos em parcelas de 500 mil dólares (472 mil euros).

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