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População do Sul de Angola foge do país por causa da fome

Nádia Issufo
22 de julho de 2021

Milhões de pessoas no sul de Angola estão em risco de morrer por causa da seca. A situação é agravada pelas mudanças climáticas que continuam a devastar a região, disse hoje Amnistia Internacional.

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Trockenheit im Süden Angolas
Pastores de Gambs, Sul de AngolaFoto: Amnesty International/Camile Cortez

A  organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional destacou esta quinta-feira (22.07) que a criação de gado em larga escala, em dimensões comerciais, expulsou as comunidades pastoris das suas terras desde o final da guerra civil em 2002 - uma mudança que desencadeou uma grande crise alimentar e pavimentou o caminho para uma crise humanitária.

A seca aguda persiste há mais de três anos. À medida que a comida e a água se tornam cada vez mais escassos, milhares de pessoas fogem das suas casas e buscaram refúgio em vizinha Namíbia.

Dürre in Huila Angola
O gado das comunidades tem morrido por causa da seca no sul de AngolaFoto: DW/A. Vieira

"Esta seca - a pior em 40 anos - atingiu comunidades tradicionais que têm lutado para sobreviver desde que foram despojados de vastas áreas de pastagem terra", afirma Deprose Muchena, Diretor da Amnistia Internacional para as regiões austral e sul de África.

Muchena defende ainda que "o Governo angolano deve assumir a responsabilidade pelo seu próprio papel nesta situação terrível, garantir reparações às comunidades afetadas e tomar medidas imediatas para enfrentar a insegurança alimentar nas áreas rurais das províncias do Cunene e Huíla”.

As mundanças climáticas estão a causar sofrimento e mortes, lembra a ONG.

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