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PAIGC: Ordem de detenção contra Simões Pereira é "aberração"

Lusa | cvt
19 de dezembro de 2020

Em nota, PAIGC chamou a atenção da comunidade internacional para a "deriva lunática" do Procurador-Geral da República guineense, que emitiu um mandado de captura internacional contra o líder do partido.

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PAIGC National Headquarters
Sede do PAIGC em BissauFoto: DW/B. Darame

Num comunicado divulgado na sexta-feira (18.12), o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) diz entender que a comunidade internacional "deveria assumir uma posição clara e inequívoca sobre tentativas de perseguição e intimidação" dos militantes, dirigentes e presidente do partido, Domingos Simões Pereira.

"O PAIGC não tolerará mais quaisquer intimidações ao partido e ao seu presidente e dará conta desta nota a toda a comunidade internacional representada na Guiné-Bissau para estarem ao corrente desta deriva lunática do atual Procurador-Geral da República", refere o comunicado emitido na sequência de uma reunião da comissão permanente do partido.

Também através de um comunicado na sexta-feira, a Procuradoria-Geral da República guineense fez saber que emitiu um mandado de captura internacional contra o cidadão Domingos Simões Pereira sobre quem disse estar em curso um processo-crime naquela instância judicial.

Esta nota não refere qual a natureza do crime.

"Aberração jurídica"

Para o PAIGC, "a ser verdade" a ordem de detenção contra Domingos Simões Pereira, revela, de ponto de vista legal, "uma aberração jurídica", por não estarem reunidos os requisitos para o cumprimento daquele mandado, mas também "incompetência, má-fé e tentativa de intimidação", depois de Domingos Simões Pereira ter anunciado publicamente que vai regressar à Guiné-Bissau.

Domingos Simões Pereira está em Portugal desde março passado.

No comunicado, o PAIGC lembra ao Procurador-Geral guineense, Fernando Gomes, uma série de crimes ocorridos no país, nomeadamente os assassínios do ex-Presidente João Bernardo 'Nino' Vieira, o antigo chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, entre outros dirigentes, bem como ilícitos criminais que ainda estão por esclarecer e que não existem diligências semelhantes aos suspeitos de terem cometido aqueles crimes.

O partido recorda um processo de alegado desvio de centenas de milhões de francos CFA do Tesouro Público no qual, disse, Fernando Gomes, é acusado de forma definitiva pela justiça, na altura em que exercia as funções de ministro no Governo.

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