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Os desafios de fazer negócios em Moçambique

Romeu da Silva (Maputo)4 de setembro de 2015

Termina este fim-de-semana a 51ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), o maior evento empresarial moçambicano. A DW África falou com uma empresária sobre as dificuldades em fazer negócios no país.

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Foto: DW/R. da Silva

Não é fácil abrir uma empresa em Moçambique. Pequenos e médios empresários queixam-se do excesso de burocracia, falta de acesso ao crédito e da lei laboral.

Quem quer abrir uma empresa tem de esperar 116 dias e seguir 14 procedimentos para o licenciamento. Além disso, as empresas são forçadas a lidar com a corrupção e entrar em esquemas de suborno - Moçambique ocupa o lugar 119 num total de 175 países no último índice de percepção da corrupção da organização Transparência Internacional.

Ana Jorge, da Tisema Mármores, lamenta ainda os impostos altos, de diferente tipo. A empresa importa, de Portugal, mármore para cozinha, campas, móveis de casas de banho e sanitas. E "as chapas de pedra importadas, onde são feitos os cortes, têm outro tipo de imposto", exemplifica. Segundo a responsável da empresa portuguesa, o material que chega a Moçambique passa por alguns procedimentos alfandegários "complicados".

O esforço compensa

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A empresa de Ana Jorge tem também de lidar com a precariedade das vias de acesso em Moçambique, responsável por atrasos na entrega de produtos aos clientes. A Tisema Mármores ultrapassou este entrave usando meios aéreos.

Apesar de toda esta ginástica, Ana Jorge faz um balanço positivo. A empresa cresceu: "Ainda não tínhamos todas estas áreas a funcionar de forma plena e bem. Agora sim. Também temos um serviço de qualidade e tudo é entregue muito rapidamente."

A empresária não gosta de pensar em dificuldades. Ana Jorge prefere arranjar soluções para as ultrapassar. "Este ano, estamos a ser ainda mais arrojados e a trazer mais material."