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Monitorização digital do processo eleitoral em Moçambique

Arlindo Chissale
7 de julho de 2019

A Solidariedade Moçambique (SoldMoz - ADS) vai recrutar e capacitar até mil observadores em Nampula para acompanhar as eleições gerais. Plataforma no Facebook deve contribuir para eleições pacíficas e ordeiras.

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Assembleia geral da ONG SoldMoz - ADS na província de NampulaFoto: DW/A. Chissale

A organização não-governamental Solidariedade Moçambique (SoldMoz - ADS), com sede em Nampula, norte de Moçambique, anunciou este sábado (06.07) que vai recrutar e capacitar até mil colaboradores para atuarem como observadores eleitorais durante o período de campanha e no dia das eleições gerais de 15 de outubro no norte do país.

"É uma grande melhoria e se formos a ver, no ano transacto, as partes envolvidas no processo eleitoral reconheceram sem contestação que as eleições [autárquicas] de 2018 foram transparentes, justas e abrangentes", disse em entrevista à DW África o diretor da SoldMoz - ADS, Momade Izidine Muhidine.

Durante a assembleia geral daquela organização, que luta pela integridade, transparência e responsabilidade, os membros ressaltaram que colaboradores foram recentemente ameaçados de morte. Ativistas residentes nas autarquias sofreram perseguições antes e durante a votação nas eleições autárquicas de 2018, de acordo com um relatório elaborado pelo ONG.

"Este ano, temos esse processo e aumentamos o número de observadores para ver se podemos cobrir toda a província e até mesmo a região norte do país", acrescentou o diretor. A maior parte dos colaboradores será de mulheres. Os montantes a serem gastos não foram revelados, mas já têm a aprovação dos parceiros internacionais. O principal país financiador é a Suécia.

Monitorização digital

A monitorização do processo eleitoral em Moçambique é feito pela SoldMoz - ADS através da Plataforma de Observação Eleitoral Conjunta - Sala da Paz. A página no Facebook é uma plataforma gerida pela sociedade civil em que a Solidariedade Moçambique foi confiada para monitorar tendências eleitorais de forma transparente. Muitos outros órgãos do Estado (a polícia, por exemplo) e mesmo representantes de partidos políticos fazem parte dela, totalizando 20 instituições parceiras.

A Sala da Paz monitora a gestão de conflitos eleitorais, contribuindo para eleições pacíficas e ordeiras. Para as eleições gerais de 15 de outubro, a Solidariedade Moçambique vai pedir aos colaboradores para utilizar aparelhos celulares e registar evidências durante o processo eleitoral que, dependendo da sua relevância, serão compartilhadas na página do Sala da Paz no Facebook.

Recordar que a Solidariedade Moçambique é essencialmente suportada por fundos suecos e outros parceiros estratégicos nacionais e internacionais e empenha-se em distritos potencialmente produtores ou escoadores de recursos minerais e florestais, emponderando e advocaciando as comunidades sobre leis de terra, mineiras e florestais.

De igual, em momentos não-eleitorais, membros das Assembleias Municipais em várias autarquias do norte e centro de Moçambique são capacitados em matérias propostas pela ONG. A partilha e interpretação de várias ferramentas (leis e decretos) também está disponível na criação e acompanhamento de fóruns distritais de educação e saúde, com a atualização de informação em tempo real em plataformas muito acessíveis às comunidades recônditas.

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