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João Lourenço discursa no Parlamento Europeu. O que esperar?

Manuel Luamba
3 de julho de 2018

Presidente angolano, discursa quarta-feira (04.07), no Parlamento Europeu. Angolanos esperam que temas como "direitos humanos, corrupção, impunidade e aprofundamento da democracia” constem no seu discurso.

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ANGOLA Verteidigungsminister João Lourenço (L)
Foto: Getty Images/AFP/A. Rogerio

Nesta quarta-feira (04.07), João Lourenço torna-se no primeiro Chefe de Estado angolano a falar no hemiciclo da União Europeia e terá cerca de 30 minutos para o fazer.

De acordo com uma nota do Parlamento Europeu, João Lourenço deverá abordar temas como as relações e a cooperação entre União Europeia e Angola em vários domínios, o desenvolvimento, as migrações e a promoção da estabilidade e da paz no continente africano, numa altura em que Angola exerce a presidência do órgão de cooperação nos domínios político, de defesa e segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Outros tópicos possíveis

Em declarações à DW, Augusto Báfua Báfua, analista político e especialista em relações internacionais, espera que o Chefe de Estado Angolano fale do "aprofundamento da democracia em Angola que pressupõem a liberdade de expressão, religiosa, de manifestação, de opinião e as eleições quer gerais e autárquicas”.Por sua vez, o ativista e investigador Nuno Álvaro Dala espera que João Lourenço fale de corrupção e transparência.

João Lourenço vai discursar no Parlamento Europeu

"Luta contra a corrupção, nepotismo, falta de transparência, o peculato, e contra uma série de males que se revelaram nefários ao Estado. Bem como reiterar estar a levar a cabo uma governação transparente que retire Angola do marasmo em que se encontra”, diz.Nuno Álvaro Dala acrescenta que espera que João Lourenço detalhe de que forma pretende cumprir as suas promessas.

África não fica fora do discurso

Para Augusto Báfua Báfua, o continente africano não ficará de fora do discurso de João Lourenço. A situação político-militar na República Centro Africana e as eleições de 23 de Dezembro na República Democrática do Congo, também farão parte da agenda.

"Vai assentar na integração regional, na soberania de outros Estados sempre tendo a garantia da segurança em África numa forma geral, quer na zona da SADC, quer na zona da CEEAC (Comunidade Económica dos Estados da África Central), e aqui com um pendor muito forte não só para República Centro Africana, mas principalmente a República Democrática do Congo”, disse à DW.

Entre o final de maio e início de junho, João Lourenço efetuou visitas oficiais a França e Bélgica, tendo sido já recebido em Bruxelas pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. 

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