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O acordo de financiamento foi rubricado esta segunda-feira

Leonel Matias (Maputo)
9 de setembro de 2019

O montante destina-se a financiar as micro, pequenas e médias empresas do sector agrícola, no país e jeito de crédito e o Governador do BM espera que contribua para a redução da pobreza e o aumento da inclusão económica.

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Mosambik Urbane Landwirtschaft in Maputo
Foto: DW/R. da Silva

Em Moçambique, Governo da Alemanha financia as micro, pequenas e médias empresas do sector agrícola no valor de 10 milhões de euros.

O Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, disse esperar que esta linha de crédito contribua para a redução da pobreza e o aumento da inclusão económica.

Banken Mosambik - Rogério Zandamela
Rogério Zandamela Foto: DW/R. da Silva

O Banco de Moçambique assinou esta segunda feira ( 09.09 ) contratos de crédito com quatro instituições financeiras nacionais que vão intermediar os fundos do Banco Alemão de Desenvolvimento, KFW, para o financiamento às micro, pequenas e médias empresas do setor da agricultura.O Administrador do Banco de Moçambique, Jamal Omar, informou ter ficado acordado que o custo desse financiamento seja o mais baixo possível não excedendo uma taxa de juro de 15%.O dirigente disse ainda que esta linha de crédito tem uma componente importante. "É a componente da assistência técnica para apoiar não só os bancos beneficiários deste financiamento, mas também as empresas do setor agrícola para melhor se organizarem para terem acesso a esse financiamento e tirarem o melhor benefício possível”, esclarece Omar. 

Fraco financiamento na agricultura

Para o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, este financiamento reveste-se de especial importância para impulsionar o setor agrícola, que sustenta cerca de 75 a 80% da população moçambicana e com um peso médio de cerca de 25% sobre o Produto Interno Bruto (PIB).

Em Mocambique: Governo alemão disponibliza 10 milhões de euros para agricultura

"Não obstante o seu peso considerável no PIB os níveis de financiamento a agricultura nos últimos cinco anos permanecem relativamente baixos em torno de 3 a 4% ao ano,” garante Zandamela.

O Secretário Permanente do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, Víctor Canhemba Júnior, entende que "este é um exemplo de que conseguir crédito não é só para aquele que é produtor, mas também todo aquele que se interessa pela agricultura”, considera Canhemba Júnior, acrescentando que "estarmos todos nós engajados e com muita atenção para a questão das mudanças climáticas.”

Por seu turno, o embaixador da Alemanha, Detlev Wolter, disse esperar que esta linha de crédito contribua para,"a redução sustentável da pobreza no país, o aumento da segurança alimentar, da produtividade e a criação de emprego.”