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Moçambique: Poucos aderem ao voluntariado em Inhambane

5 de dezembro de 2017

Esta terça-feira é Dia Internacional do Voluntariado. Mas, na província moçambicana de Inhambane, o trabalho voluntário pode estar com os dias contados: muitos estão mais preocupados em ganhar dinheiro, diz empresário.

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Kind arbeiten Brüder zu unterstützen
Foto: Luciano da Conceição

O empresário Yassin Amuji dedica-se há vários anos a causas sociais, mas lamenta que outros jovens da sua idade não contribuam também com um pouco do seu tempo para apoiar quem mais precisa.

Quando são chamados a fazer voluntariado, jovens e adultos exigem dinheiro - mas não devia ser assim, diz Amuji. "Ser voluntário não tem custos. É algo que começa dentro do coração."

Moçambique: Poucos aderem ao voluntariado em Inhambane

Dia Internacional do Voluntariado

Yassin Amuji deu uma palestra nesta terça-feira (05.12), Dia Internacional do Voluntariado, para tentar convencer outros jovens a abraçar esta causa. Segundo Amuji, é necessário recuperar os "valores morais".

"O mundo está com uma imagem negativa, uma mensagem negativa. As notícias têm sido de guerra e conflitos. É preciso lembrar que as crianças de hoje serão os nossos líderes amanhã. É muito importante que elas sejam educadas para que haja amor entre as pessoas", afirma.

Roubo de bens doados

Mamud Beny, um residente da cidade de Maxixe, lamenta que muitas pessoas tenham deixado de apoiar causas humanitárias sem receber nada em troca. Beny diz que há voluntários que chegam a roubar bens doados para os mais necessitados.

Abubacar Hidar
Abubacar Hidar, residente de InhambaneFoto: DW/L. da Conceição

"O voluntariado na República de Moçambique degradou-se muito em todos os aspetos, quer sociais e económicos. As pessoas passaram a trocar trabalho do voluntariado com o voluntariado monetário".

Segundo ele, não há um espírito de ajuda ao próximo. Beny também denuncia alegados desvios de bens. "A comunidade internacional, outras empresas públicas e privadas, contribuíram com uns bens para o voluntariado e as pessoas desviaram", diz.

É preciso sensibilizar os jovens, comenta Abubacar Hidar, outro cidadão da província de Inhambane. "Que não sejam egoístas; que sejam jovens maduros que possam dar o seu máximo. Quando há, aquilo que é pouco é melhor compartilhar com o outro".