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Covid-19: Líderes africanos pedem estratégia concertada

Lusa | ms
20 de abril de 2020

A União Africana e outras instituições multilaterais africanas querem que os governos adotem uma estratégia concertada para lidar com a pandemia, rejeitando políticas protecionistas e limitações políticas ao comércio.

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Sede da União Africana em Addis Abeba, EtiópiaFoto: Getty Images/AFP/M. Tewelde

A União Africana (UA), o Banco de Exportações e Importações Africanas (Afreximbank), a Comissão Económica das Nações Unidas para África e a Iniciativa Afrochampions juntaram-se para defender que, "para além das iniciativas em curso, como a criação do Fundo da União Africana para a Resposta à covid-19, os membros da UA e as instituições, incluindo os centros de pesquisa, as instituições financeiras, as empresas e o mundo académico devem envolver-se numa resposta comercial e de investimentos de forma colaborativa e coordenada".

Numa nota publicada no site destas entidades, os responsáveis defendem que a resposta à pandemia deve sustentar-se nos esforços já feitos no âmbito do acordo de comércio livre em África (AfCFTA) para suportar uma ferramenta para o desenvolvimento de valor e cadeias de abastecimento internas, regionais e continentais".

Para estas instituições, "existe uma necessidade de uma resposta política, económica e comercial sem precedentes, para garantir que os piores impactos da pandemia são mitigados, e para colocar África numa posição de reestruturação económica a seguir à pandemia".

Projeções económicas pessimistas

Na nota, são lembradas as projeções económicas sobre o impacto da pandemia em África, que pode originar uma queda de 32% no comércio mundial, e uma queda de pelo menos 1% no PIB mundial, o que significa 1 bilião de dólares em receita perdida.

No caso de África, "a situação pode ser ainda pior, com uma queda do PIB estimada pela UNECA entre 1,8% e 3,2%, que pode ser ainda pior se a pandemia da covid-19 não for contida a curto prazo".

Estes números, concluem os responsáveis, "não são apenas estatísticas; com o fecho das fronteiras e as restrições ao movimento de pessoas e bens, a pandemia origina perdas humanas reais, perturbando as atividades essenciais do comércio e da economia, com milhões de perdas atribuíveis à crise e com os governos sob pressão para gizarem uma estratégia de mitigação, do género que o mundo nunca viu desde a Segunda Guerra Mundial".

O número de infetados pela Covid-19 em África subiu para 22.275, dos quais 5.489 recuperaram da doença, registando-se  até ao momento 1.119 mortos, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da UA. 

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