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TecnologiaSão Tomé e Príncipe

Internet rápida chega a São Tomé e Príncipe

Juvenal Rodrigues (São Tomé)
4 de outubro de 2012

Começa em pouco mais de dois meses em São Tomé e Príncipe (STP) a exploração comercial do cabo submarino de fibra óptica. Vinte países da costa africana estarão conectados graças a ligação entre a França e STP.

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Cresce acesso à internet rápida em países africanos
Cresce acesso à internet rápida em países africanosFoto: DW

Marcada para começar em janeiro de 2013 em São Tomé e Príncipe está a exploração comercial do cabo submarino de fibra óptica do consórcio ACE, African Coast to Europe.

Cerca de 20 países da costa africana estarão conectados devido ao cabo que conecta a França e São Tomé e Príncipe. Para iniciar, nove deles receberão primeiro a ligação a um cabo submarino. O destino será a África do Sul.

Um investimento milionário

Estação de cabo submarino de fibra óptica de São Tomé e Príncipe
Estação de cabo submarino de fibra óptica de São Tomé e PríncipeFoto: DW

Atualmente, testes estão a ser feitos entre as estações de São Gabriel – inaugurada nesta quarta-feira (3.10) – e de Abidjan e Dakar. A intenção é cumprir os requisitos técnicos, para ativar a fibra óptica de forma permanente.

A opção por São Tomé e Príncipe como ponto de confluência de cabos submarinos de fibra óptica na costa ocidental africana deve-se a vários fatores, como explica o engenheiro Walker Viana: "O consórcio deu o crédito a São Tomé e Príncipe porque o país é muito seguro. [A segurança] faz com que tenhamos dois cabos. Um que chega do norte e outro que sai de São Tomé e Príncipe para a África do Sul. Temos cá, uma infraestrutura preparada para receber mais três ou quatro cabos submarinos de outros consórcios."

A adesão de São Tomé e Príncipe ao projeto do consórcio da ACE, African Coast to Europe, apenas foi possível devido a parceria público-privada entre o governo do país, apoiado pelo Banco Mundial, e a Portugal Telecom. O investimento é de 25 milhões de dólares.

Para a gestão, operação e manutenção local do terminal do cabo submarino, foi criada a empresa STP Cabo SARL, onde a Companhia Santomense de Telecomunicações (CST) detém 74,5 por cento do capital. Os restantes 25,5% correspondem à participação do Estado santomense, com a contribuição do Banco Mundial.

Vantagens para todo o país

Presidente da República, Manuel Pinto da Costa, inaugura a estação
Presidente da República, Manuel Pinto da Costa, inaugura a estaçãoFoto: DW

O Estado tem planos para se afastar progressivamente do negócio, dando lugar à entrada de novos acionistas e operadores concorrentes, devidamente licenciados, explicou José Diogo, presidente do Conselho de Administração da STP Cabo.

Entretando, o ministro das Infra-estruturas santomense, Carlos Vila Nova, exortou a CST a acelerar seu plano de investimentos na rede interna em fibra óptica: "Não seria agradável e dificilmente compreensível se, depois da entrada em funcionamento do cabo, continuasse a existir condicionalismos e reclamações em larga escala por parte dos utentes ao serviço, além das consequências para o desenvolvimento nacional."

O Presidente da República, Manuel Pinto da Costa, preferiu falar em "investimento no conhecimento". Na opinião dele, isso tudo irá tornar São Tomé e Príncipe mais competitivo e economicamente mais atrativo: "Trata-se de um enorme desafio, que precisa ser vencido, de modo que esta nova oportunidade se traduza no crescimento econômico, na criação de empregos e na modernização dos vários domínios da administração pública."

O cabo de fibra óptica permite conectar o país à rede de dados internacional, o que aumentará a competitividade da economia de São Tomé e Príncipe, a viabilidade das comunicações internacionais, a qualidade e velocidades das ligações de internet,  telefones móveis, além da redução de preços para o usuário final.

03.10 Fibra òptica STP - MP3-Mono

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