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Inhambane: 22 mortos e 300 mil casos de malária em janeiro

12 de fevereiro de 2019

Só este ano já morreram mais de 20 pessoas, vítimas de malária, na província de Inhambane, sul de Moçambique. Entretanto, faltam medicamentos. É terreno fértil para os vendedores ilegais.

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Foto: picture alliance/dpa/blickwinkel/Hecker/Sauer

Nos primeiros 30 dias deste ano, 22 pessoas morreram vítimas de malária na província de Inhambane. Foram diagnosticados mais de 300 mil casos da doença. Segundo dados das autoridades de saúde, trata-se de um aumento de 5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

"Estamos na época chuvosa e esta é a altura em que normalmente registamos um pico de casos de malária, principalmente na cidade de Inhambane, em Maxixe, Homoíne, Morrumbene e Massinga", afirma Stélio Tembe, médico-chefe da Direção Provincial de Saúde.

O uso incorreto das redes mosquiteiras e o défice do saneamento do meio nas comunidades são também apontados como causas da proliferação da doença.

Mosambik Chicuque Krankenhaus
Há falta de medicamentos nas unidades sanitárias e muitos roubosFoto: DW/L. da Conceição

Roubos e poucos medicamentos

A situação piora com a falta de medicamentos. Há doentes que vão às unidades sanitárias e só recebem paracetamol, para aliviar as dores. E o negócio da venda ilegal de medicamentos floresce.

A Polícia da República de Moçambique no distrito de Zavala, em Inhambane, deteve recentemente um líder comunitário, acusado de vender medicamentos hospitalares e, ao mesmo tempo, dar injeções a pacientes sem trocar as seringas, colocando em perigo a vida de muitas pessoas.

Joaquim Guila, comandante da polícia em Zavala, diz que o líder comunitário irá agora responder em tribunal. "O auto já foi lavrado e será remetido ao Ministério Público para o devido tratamento", confirma.

Inhambane: 22 mortos e 300 mil casos de malária em janeiro

Uso correto das redes mosquiteiras

Para travar as infeções por malária, as autoridades de saúde têm levado a cabo várias atividades de sensibilização e mobilização nas comunidades.

"É normal que, nesta altura, os casos de malária estejam a aumentar, porque os locais onde os mosquitos vão se multiplicar também vão aumentando", comenta Stélio Tembe, da Direção Provincial de Saúde em Inhambane.

O responsável apela ao uso correto das redes mosquiteiras para prevenir a doença: "Aqui deve ser uma prevenção combinada com redes mosquiteiras e outros métodos tradicionais, que são usados nas comunidades, mas também o uso de repelente."