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Guiné-Equatorial à porta da CPLP

Nélio dos Santos (Cidade da Praia) 22 de maio de 2014

A Guiné-Equatorial deverá ser admitida como membro de pleno direito da CPLP na próxima Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da comunidade segundo o Secretário Executivo da organização.

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Foto: picture alliance/ANP

A Cimeira da CPLP, Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa, está agendada para o mês de julho em Díli, capital de Timor-Leste. Ela deverá ser marcada pela entrada da Guiné-Equatorial como membro de pleno direito na organização lusófona.

O Secretário Executivo da CPLP, Murade Murargy, garante que a Guiné-Equatorial já cumpriu todos os requisitos necessários para fazer parte da comunidade e justifica: "Houve um plano de ação que foi traçado em Luanda em 2010, e a Guiné-Equatorial procurou cumprir todos os passos estabelecidos. Fundamentalmente sobre a pena de morte, já decretou a moratória, que era a principal questão que estava em suspenso."

Por isso Murargy está certo de "que se não houver outro problema que se possa levantar, os chefes de Estado vão admitir a sua admissão."

Interesses de adesão

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa poderá ter, ainda este ano, mais quatro membros observadores.

Murade Murargy
Murade Murargy, Secretário Executivo da CPLPFoto: DW

O Secretário da organização diz que "em princípio temos a previsão de entrada de três membros, mas há um quarto membro que está a desenvolver esforços com vista à sua entrada, o Japão. A Namíbia, Geórgia e Turquia em princípio serão aceites."

Mas o fator linguístico representa um empecilho no processo: "O que constitui dificuldade é a expansão da língua portuguesa nesses países, porque uma das dificuldades na difusão do plano de ação é a promoção da língua portuguesa nesses países."

Por outro lado, esse interesse pode contribuir para a sua difusão como entende Murargy: "Então isso vai fazer com que a língua portuguesa possa ser também expandida nesses países."

Os novos desenvolvimentos políticos na Guiné-Bissau e a nova visão da CPLP são alguns dos pontos na agenda da Cimeira, segundo Murade Murargy.

O Secretário da organização questiona: "O que queremos da CPLP nos próximos 10, 15 anos? Esse é o ponto principal."

Mas os probelmas dos seus membros também merecerão destaque: "Depois temos a questão ds Guiné-Bissau, que vai ser o centro das atenções, para vermos o que fazer depois da fase pós-eleitoral. Os chefes de Estado tem de me dar orientações sobre como a Guiné-Bissau deverá agir na próxima fase."

"Teremos um outro ponto sobre a segurança alimentar e nutricional, que vem na sequência da presidência moçambicana, e serão analisados os avanços que aconteceram durante esse período de dois anos da campanha juntos contra a fome", acrescenta ainda Murade Murargy.

Língua Portuguesa, um tema sensivel

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Dili, capital de Timor Leste onde será realizada a próxima cimeira da CPLPFoto: Matthias von Hein

Também o novo Director Executivo do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP) vai ser nomeado em julho, na cimeira da CPLP.

O Director Executivo cessante do IILP, o brasileiro Gilvan de Oliveira, gostaria que o seu sucessor fosse um linguista conhecedor do Instituto Internacional de Língua Portuguesa.

Para ele "seria importante que fosse uma pessoa que, de certa forma tivesse contacto com o IILP, que acompanhasse as dicussões, que não chegasse plenamente desconhecedor do que o Instituto é e tem feito", mas Oliveira não acredita que esse perigo exista. E Oliveira acrescenta que "em segundo lugar seria bom que esse colega tivesse formação especifica na área de língua."

Gilvan de Oliveira explica porque: "O nosso trabalho é político e também de concertação diplomática, mas é fundamentalmente um trabalho que exige uma formação como linguista, porque são muitas questões técnicas, é muito contato com linguistas que demandam um linguajar e compreensão técnica do trabalho."

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