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Conflitos nas fronteiras da Guiné Equatorial

Lusa | AFP | ms
4 de janeiro de 2018

O Exército da Guiné Equatorial anunciou quarta-feira ter abatido um "mercenário", na sequência de conflitos com um grupo de soldados a soldo, numa floresta junto às fronteiras com os Camarões e o Gabão.

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Foto: picture alliance/ANP

Depois da troca de tiros, os "mercenários", cujo número não foi revelado, "dispersaram-se pela floresta" perto da cidade de Ebibeyin, referiu a televisão estatal TVGE.

As autoridades de Guiné Equatorial revelaram que foi evitado "um golpe de Estado" em finais de dezembro, perpetrado por um grupo de mercenários "estrangeiros" em nome de "partidos de oposição radical" na Guiné Equatorial.

A 27 de dezembro, cerca de três dezenas de homens armados foram presos pela polícia dos Camarões, na fronteira com a Guiné Equatorial, não muito longe do local onde se registaram os conflitos desta quarta-feira, segundo fontes camaronesas e diplomáticas da Guiné Equatorial.

Oposição nega intervenção no golpe

A agência France Presse revelou que o embaixador da Guiné Equatorial no Chade, Enrique Nsue Anguesom, foi preso em 30 de dezembro.

O principal partido da oposição na Guiné Equatorial, Cidadãos para a Inovação (CI), negou qualquer intervenção no presumível golpe de Estado.

Äquatorialguinea Präsident Teodoro Obiang
Teodoro Obiang está no poder desde 1979Foto: picture-alliance/dpa/S. Lecocq

Depois das eleições de 12 de novembro, com o partido do poder a obter 99 dos 100 lugares no parlamento, o CI denunciou as "dezenas" de detenções de seus militantes, na capital política, Malabo, e económica, Bata.

No sábado (30.01), o Presidente Obiang denunciou uma "guerra" em preparação contra ele por, afirmou, está a ser realizada por ter já passado "muito tempo no poder". 

General chadiano acusado de orquestrar golpe

Os meios políticos ligados ao poder na Guiné Equatorial acusaram quarta-feira (03.01) o general chadiano Mahamat Kodo Bani de ser o "cabecilha" da alegada tentativa de golpe de Estado, que o Presidente equato-guineense diz ter abortado na passada quinta-feira (28.12).

De acordo com a Associação para a Solidariedade Democrática com a Guiné Equatorial (Asodegue), Mahamat Kodo Bani, general do exército do Chade entre 1990 e 2005, será o responsável pela orquestração de um suposto golpe de Estado, "em conjunto com o sargento equato-guineense Abassolo".  Segundo a versão da polícia camaronesa, o general chadiano foi detido "com uma importante quantidade de dinheiro".

O partido da oposição Cidadãos para a Inovação (CI), o único com representação parlamentar, tem vindo a denunciar desde a semana passada a detenção de centenas de militantes, alvo também de tortura por parte das forças de segurança, alertou que cinco deles, três dirigentes do partido, estão em estado crítico.

O CI alertou também para a presença de 45 militantes na sede do partido em Malabo e de outros 50 na de Bata, segunda cidade do país, onde se refugiaram por estarem a ser alvo de buscas e de detenções nas suas residências.