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Guiné-Bissau: Perfis de candidatos com menor visibilidade - Parte 1

14 de março de 2012

Afonso Té, Baciro Djá e Luís Nancassa constam nos boletins de votos das eleições presidenciais guineenses de 18 de março. Considerados candidatos de menor visibilidade fazem um apelo comum à estabilidade.

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Bissau, capital da Guiné-BissauFoto: Creative Commons/Teseum

Longe da popularidade que têm candidatos às eleições presidenciais guineenses como Kumba Ialá, Carlos Gomes Júnior, Henrique Rosa ou Serifo Nhamadjo, perfilam-se três outros homens na corrida presidencial. Têm diferentes percursos políticos, pessoais e profissionais. Em comum têm a ambição de presidir a uma Guiné-Bissau em clima de estabilidade que permita acelerar o ritmo de desenvolvimento do país.

Afonso Té

Tendo feito toda a sua carreira nas Forças Armadas guineenses, Afonso Té foi vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas no tempo do presidente Nino Vieira. Após a guerra civil de 1998, que pôs termo ao regime de Nino Vieira, Afonso Té dedicou-se ao comércio e à política ativa.

O candidato concorre às eleições presidenciais antecipadas de 18 de março pelo PRID, Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento, embora a atual direção do partido não o reconheça.

Afonso Té garante que, caso seja eleito presidente, pode garantir a estabilidade nas Forças Armadas do país, o que até hoje se tem revelado como o maior entrave no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau. Tido pelas pessoas que lhe são próximas como um homem discreto e intelectual, Afonso Té regressou a Bissau no dia 11 de março, vindo da Suíça, tendo perdido oito dias de campanha eleitoral.

Baciro Djá

Atual ministro da Defesa e ex-ministro da Juventude, Baciro Djá candidata-se como independente, apesar de ser membro do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde). O partido no poder na Guiné-Bissau deposita o apoio no candidato Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro em exercício.

Antigo presidente do Instituto Nacional de Defesa, Baciro Djá define-se como um homem "profundamente reformista" e justifica dizendo: "Eu iniciei a reforma no setor da defesa e segurança. Todo o guineense sabe que eu sou reformista."

O candidato presidencial defende para o país mais "bem-estar, porque é possível que na Guiné-Bissau haja educação, saúde para todos" e ainda a diminuição da mortalidade infantil.

Baciro Djá lança críticas ao aparelho de estado guineense, considerando que está "engarrafado de pessoas que há muitos anos, há [por exemplo] 40 anos, estão a servir o estado, mas não têm criatividade". Baciro Djá quer uma lufada de ar fresco na Guiné-Bissau: "há jovens que saíram das universidades da Europa, com uma nova dinâmica, com uma nova energia, que podem contribuir para uma nova cultura de gestão ou uma nova cultura democrática", sustenta.

Baciro Djá desempenhou já várias funções e cargos na administração pública, nomeadamente de secretário executivo do Instituto da Juventude, presidente do Instituto Nacional de Defesa e Segurança e foi também coordenador do comité de pilotagem do setor da reforma.

O candidato de 39 anos licenciou-se em Psicologia pela Universidade de Havana em 1997 e é mestrado pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada, de Lisboa, em 2000.

Luís Nancassa

O professor e presidente do sindicato dos professores, Luís Nancassa, concorre como independente às presidenciais de 18 de março. A sua campanha enfrenta dificuldades em termos de recursos. Por exemplo, há poucos cartazes na rua para apelar ao voto na sua candidatura e faltam meios para fazer t-hirts de campanha.

Também aluno da faculdade de Direito de Bissau, Luís Nancassa promete, caso seja eleito, proporcionar um ensino de qualidade aos guineenses.

Autor: Braima Darame (Bissau)
Edição: Glória Sousa / Renate Krieger

Guinea Bissau alter Präsidentenpalast
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