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Guiné-Bissau: Perfil de Henrique Rosa

5 de março de 2012

Henrique Rosa já foi presidente de transição da Guiné-Bissau. É também empresário e hoje luta para conquistar a presidência do país. É um dos dez candidatos que vai disputar as eleições do próximo dia 18.03.

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Depois de ter sido provisoriamente presidente da Guiné-Bissau, agora Henrique Rosa quer ficar mais tempo no cargoFoto: AP

O candidato também é chefe de família, homem do desporto, um ativista de causas sociais. Nascido em Bafatá (leste do país), em 1946, Henrique Rosa é atualmente empresário ligado às áreas dos seguros marítimos, comércio internacional e agropecuária e é cônsul honorário da Costa do Marfim na Guiné-Bissau.

Entrou pela primeira vez no aparelho de estado para os serviços de Fazenda, atual Finanças, em 1965. Foi director executivo da Comissão Nacional de Eleições nas primeiras eleições presidenciais e legislativas, realizadas no país em 1994. É precisamente nessa altura que passou a liderar a direção do clube de futebol Sport Bissau e Benfica até 1997.

De passagem pela presidência

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Caso vença as eleições, Rosa terá pela frente vários desafios com vista a estabilidades do paísFoto: AP

Em setembro de 2003, Henrique Rosa assumiu a presidência interina de Guiné-Bissau a convite das autoridades militares, que assumiram o poder depois de um golpe de estado militar liderado por Veríssimo Correia Seabra - o golpe depôs o então presidente Kumba Ialá.

Rosa mostrou-se relutante em aceitar assumir a presidência do seu país. Até então foi um homem de negócios bem sucedido, com pouca experiência política. Ele foi convencido pelo bispo católico de Bissau, José Camnaté, líder da comissão nomeada pelo militares, para estabelecer um governo civil de gestão.

Foi o candidato que ficou em terceiro lugar na primeira volta das presidenciais de 2005, com 23% dos votos. Henrique Rosa defende que, contrariamente às sugestões já avançadas por alguns amigos e apoiantes, em vez da criação de um partido, estaria mais aberto à criação de um espaço de reflexão em torno de um movimento cívico, onde pudesse continuar a sustentar o seu projecto político na Guiné-Bissau - que é de mudar a imagem do país, com a "paz e traquilidade aos guineenses".

Mudança, a palavra de ordem

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Henrique Rosa é um dos principais candidatos às presidenciaisFoto: DW

Hoje, passados nove anos desde que deixou a presidência interina, Henrique Rosa quer ser um presidente eleito da Guiné-Bissau: "Estamos independentes há quarenta anos e durante esse perído temos estado a renovar votos de confiança a pessoas ligadas ao partido no poder, o PAIGC."

Rosa tornou-se cônsul honorário da Bélgica no país e afirma-se como homem ideal para mudar o rumo dos acontecimentos. E ele garantiu que é o candidato certo, um "homem de paz", com quem "não haverá bons e maus filhos da Guiné".

Lembrando a instabilidade política recorrente na Guiné-Bissau, Henrique Rosa fez campanha durante o último fim de semana e criticou o clima de medo que existe entre a população.

Henrique Rosa quer outra situação para o seu país: "A mudança terá de ser feita por alguém que nunca fez parte do sistema, alguém independente da política feita até ao momento".

Autor: Braima Darame (Bissau)
Edição: Nádia Issufo / Renate Krieger